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Cultura
Segunda - 14 de Março de 2005 às 20:25
Por: Roberta Pennafort

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Rio - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse hoje, no Rio, que o esforço pela recomposição do orçamento de sua pasta, cortado em 53% este ano, já começou. Estão agendadas reuniões com os ministérios da Fazenda e do Planejamento para discutir o assunto. Depois de voltar de uma viagem à Europa, no próximo dia 24, Gil pretende se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A semana passada foi dedicada a arrumar a casa com relação aos cortes. Tivemos de reduzir nosso planejamento", afirmou o ministro. "Esta semana vamos trabalhar pela recuperação do orçamento junto ao governo." Ele espera que até sua volta ao Brasil "a Fazenda e o Planejamento já tenham equacionado a questão dos cortes".

Há 12 dias, Gil disse que o orçamento precisa ser "de verdade", e não uma "peça de ficção", ao citar que os cerca de R$ 300 milhões previstos para seu ministério caíram para R$ 140 milhões. Perguntando sobre a reforma ministerial, ele revelou que tem a "impressão" de que ficará no cargo.

Teatro - Gil veio ao Rio para discutir com a classe teatral a criação das câmaras setoriais de teatro, órgãos consultivos do ministério que serão formados por representantes de todo o País e ficarão responsáveis pela formulação de políticas públicas para o setor. Produtores e artistas levaram suas reivindicações. No estado do Rio, a maior queixa é a retração dos investimentos das empresas estatais, como Eletrobrás, Petrobrás e BR Distribuidora, nas peças de teatro. Dados da Associação de Produtores de Teatro do Rio (APTR) mostram que o volume captado caiu de R$ 15 milhões, em 2002, para R$ 12 milhões, em 2004. O número de projetos contemplados passou de 83 para 65.

"As estatais estão sendo movidas por indicações políticas", criticou Eduardo Barata, presidente da associação. Ele reclama também que a expectativa com relação a mudanças na Lei Rouanet tem deixado as empresas receosas na hora de investir. Gilberto Gil afirmou que o ministério pode ajudar na articulação com as estatais.




Fonte: Agência Estado

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