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Internacional
Sábado - 12 de Março de 2005 às 19:03

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O Congresso Internacional de Energia Renovável e Crédito de Carbono vai apresentar, em Cuiabá, nos dias 28 e 29 de março, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), as novas tecnologias e metodologias de execução e aprovação de projetos de venda de crédito de carbono.

Com a realização do congresso, a Famato vai viabilizar o intercâmbio com todos os segmentos envolvidos na elaboração de projetos e concretização de negócios procedentes da oferta de crédito de carbono. A assinatura de uma Carta de Intenções entre empresários de Mato Grosso e do exterior para geração de energia limpa (proveniente da queima de casca de arroz) será realizada no primeiro dia do evento.

Uma das principais metas do congresso é dar respostas aos questionamentos sobre acesso ao crédito, preços compatíveis com o perfil do investimento, acesso aos novos ativos disponíveis no mercado internacional de energias limpas.

No Congresso, serão apresentados ainda detalhes do Protocolo de Kyoto, o mais ambicioso tratado ambiental do planeta que requer do mundo desenvolvido a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. O tratado, apoiado por 141 países, mas boicotado pelos Estados Unidos - o país responsável pelo maior índice de emissões de gases poluentes do planeta, e pela Austrália - entrou em vigor em fevereiro deste ano. Ele oferece um leque imenso de alternativas de renda por meio da venda de crédito de carbono aos países que são obrigados a cumprir metas de compensação.

Entre os países que assinaram o Protocolo, 18 são responsáveis por 80% da emissão dos gases que poluem a atmosfera. O Brasil, como um dos signatários do Protocolo de Kyoto, tem o maior potencial para viabilizar esta compensação com o chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Mato Grosso, neste contexto, tem o maior potencial do país em recursos naturais renováveis para geração de crédito de carbono.

Projetos de reflorestamento, devidos às boas condições de clima e solo, de geração de energia a partir de resíduos agroindustriais (como casca de arroz), florestais e madeireiros (como serragem) ou o aproveitamento dos gases emitidos nos aterros sanitários e de resíduos da suinocultura, biodiesel e combate ao desflorestamento são algumas das alternativas que podem ser exploradas no estado.

As reduções de emissões, realizadas com este tipo de projeto, geram um título negociável no mercado, o Certificado de Redução de Emissão (CRE). O interesse dos países desenvolvidos nos CREs está no fato de eles poderem empregar tais papéis como se fossem reduções próprias e, assim, atingir a meta do Protocolo de Kyoto de diminuir, em média, 5,2% em relação aos níveis praticados em 1990.





Fonte: Da Assessoria

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