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Internacional
Sábado - 12 de Março de 2005 às 09:00

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O primeiro chefe executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, Tung Chee Hwa, foi eleito hoje, sábado, vice-presidente da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês (CPPCC), informou a agência estatal Xinhua.

Tung anunciou quinta-feira em Hong Kong que apresentara sua solicitação de demissão à liderança chinesa "por motivos de saúde", depois de mais de sete anos à frente dos destinos da ex-colônia britânica.

Embora Pequim ainda não tenha dito se aceita oficialmente a demissão, um porta-voz do CPPCC disse que o posto de vice-presidente "é em tempo completo".

Assessores consultados pela EFE consideram, no entanto, que a retirada de Tung não é por cansaço de um cargo cheio de tensões, mas porque Pequim perdeu a confiança nele, por sua má gestão nas distintas crises que sofreu Hong Kong nos últimos anos.

A crise financeira asiática (1997), a Síndrome Respiratória Aguda Severa (2003) e a multitudinária manifestação em Hong Kong em favor da democracia (2004) foram alguns dos episódios mais duros do mandato de Tung, que a partir de agora se dedicará plenamente a assessorar o governo chinês.

A CPPCC, principal órgão assessor do governo chinês, elegeu também Zhang Meiying e Zhang Rongming como vice-presidentas, durante a sessão de encerramento, que põe fim a nove dias de reuniões no Grande Palácio do Povo.

Durante este tempo, os mais de 2.000 delegados do CPPCC, apresentaram 4.900 propostas, sugestões e emendas às leis que também serão consideradas pela Assembléia Nacional Popular (ANP, legislativo), cuja sessão anual termina na próxima segunda-feira.

A maior parte destas propostas (95%) foram temas relacionados com a economia, os rendimentos dos cidadãos, a reforma administrativa e as crescentes desigualdades entre ricos e pobres, segundo a televisão estatal CCTV.

"Construir uma sociedade harmoniosa é o objetivo prioritário das autoridades", declarou o porta-voz do CPPCC à televisão.

Entre os temas mais espinhosos tratados este ano está a proposta de Lei Anti-secessão, com a qual Pequim tenta colocar freio às tendências separatistas de Taiwan, que quase com total segurança será aprovada na segunda-feira pelo plenário da ANP.





Fonte: EFE

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