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Nacional
Quarta - 09 de Março de 2005 às 19:40
Por: Benedito Mendonça

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Brasília - Nos últimos 15 anos os governos não deram atenção aos transportes coletivos e, em virtude disso, criou-se um desnível entre as várias modalidades. A afirmação foi feita pelo secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, José Carlos Xavier, durante a abertura do 1º Seminário Nacional de Transporte Hidroviário Urbano de Passageiros, que prossegue até amanhã.

"Na medida em que a Constituição de 1988 fixou as competências dos municípios para gestão dos transportes, os governos que se sucederam após esse ano entenderam que não cabia mais nada ao governo federal", disse. Ele alertou que os transportes rodoviário, ferroviário e hidroviário, "não tiveram a atenção adequada compatível com as necessidades que o setor tem". Segundo ele, só o transporte rodoviário representa 95% das operações no Brasil

De acordo com Xavier, com os programas do Ministério das Cidades, o governo está voltando estrategicamente sua atenção para o setor. "Estamos buscando condições de apoiar os municípios no financiamento de ações relacionadas ao transporte coletivo, ações que integrem os Planos Diretores e busquem melhorar a acessibilidade, a mobilidade e a qualidade de vida nessas cidades".

Para Xavier, a realização do seminário é uma etapa na busca de subsídios para a criação de uma política para o transporte hidroviário de passageiros. "Esse transporte é bastante relevante em algumas cidades costeiras e na Amazônia mas, nunca foi tratado pelos sistemas coletivos como um instrumento da mobilidade das pessoas nessas regiões", afirmou ele.

Xavier disse que a meta é conseguir ampliar a participação orçamentária do setor, a partir do próximo ano. "Ela (a participação orçamentária) é diluída no Programa de Mobilidade Urbana que tem condições de abrigar um projeto nesse sentido. Mas, o desejável é que se busque um espaço orçamentário mais adequado para ações especificamente relacionadas ao setor".

da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aqüaviários (FNTTA), Carlos Neves, a parceria com o Ministério das Cidades tem papel estruturante que vai permitir a geração de emprego e renda. "Hoje, o Brasil não dispõe de uma política voltada para o setor. Com essa parceria nós estamos caminhando para a construção dessa política", salientou ele, destacando que setores como o de turismo serão diretamente beneficiados.





Fonte: Agência Brasil

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