Caso Dorothy: laudo do exame de balística será enviado nesta quinta à Polícia Civil
A arma foi encontrada em uma operação conjunta das polícias Civil, Militar e do Exército no dia 22 de fevereiro, dez dias após a freira ter sido executada com seis tiros no município de Anapu (PA). A equipe chegou ao local onde a arma estava enterrada, embrulhada num saco plástico, com base nas informações do pistoleiro Rayfran das Neves Sales. Ele é acusado de ser o autor dos seis disparos e está preso na Penitenciária de Americano, região metropolitana de Belém, com outros dois denunciados como co-autores: o pistoleiro Clodoaldo Batista e o acusado de ser o intermediário, Amair Feijoli da Cunha.
Segundo o diretor do Instituto de Criminalística, Orlando Salgado Gouvêa, o laudo também confirma que apenas uma arma foi usada no crime. "Os tiros que mataram a irmã Dorothy partiram só dessa arma, o que vem a confirmar a versão do Rayfran, de que só ele atirou. Não existiu uma segunda arma". Os peritos fizeram um exame chamado microcomparação balística, com base em projéteis encontrados no corpo da missionária. "Do corpo da irmã, foram retirados três projéteis e um fragmento de um quarto. No local do crime, quando nosso perito fez a perícia, encontrou mais um. O outro transfixou, entrou e saiu do corpo e não foi encontrado lá no local", explicou.
De acordo com Gouvêa, a arma foi recarregada após seis disparos contra a freira. "Ele (Rayfran) descarregou a arma e, depois que fugiu para o mato, deve ter colocado mais munição, porque a arma continha mais quatro projéteis". Segundo o diretor, o revólver apresenta "alguns pontos de oxidação", mas ainda funciona.
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