Sucesso da gestão Walace depende do diálogo com poderes, diz analista
De acordo com Lourenbergh, o primeiro diálogo que precisa ser retomado é com o funcionalismo. Na sua avaliação, Walace não terá sucesso administrativo sem contar com o apoio daqueles que tem a função de colocar em prática as políticas definidas no gabinete. “Walace, apesar das dificuldades com a folha de pagamento, precisa acabar com o fantasma das demissões em massa. É preciso reestabelecer um clima de estabilidade. Ninguém vai desempenhar a função com excelência, temendo perder o emprego no dia seguinte”, explicou.
Outro fator considerado imprensindivél por Lourembergh é o restabalecimento da relação harmoniosa entre Executivo e Legislativo. O cientista político lembra que, nos últimos anos, os prefeitos exerceram os mandatos em “pé-de-guerra” com os vereadores. “O Murilo Domingos e o Tião da Zaeli, mesmo considerando a diferença entre os casos, não concluiram os mandatos. Parte dos problemas foram causados por dificuldades de relacionamento com o Legislativo. O Walace precisa reestabelecer a harmonia entre os poderes, sem subserviência nem negociatas”, defende o analista.
Lourembergh também defende que diálogo com os partidos que apoiaram sua candidatura, principalmente PMDB, PR e PT, e que integrarão a administração também é fundamental para Walace ter sucesso na gestão. Segundo o cientista político, a formação do secretariado deve obedecer critérios técnicos, mas a habilidade política dos futuros integrantes precisa ser considerada pelo prefeito. “Para ter êxito, Walace precisa nomear pessoas competentes e politicamente hábeis. Não pode aceitar imposição de caciques que querem acomodar seus apaniguados".
Finalmente, o sucesso da gestão Walace Guimarães depende do diálogo com a população. Lourembergh sustenta que a linha que separa a expectativa da decepção é muito tênue. Por isso, em sua opinião, o prefeito precisa ter habilidade para compreender a “voz das ruas e dos bairros” enquanto segue implementando o plano de governo apresentado durante o processo eleitoral. “As pessoas precisam ter clareza das mudanças que serão imediatas e daquilo que demanda tempo para se tornar realidade, como a questão do abastecimento de águas nos bairros. Tudo isso depende do diálogo.
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