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Internacional
Quarta - 09 de Março de 2005 às 17:37

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Damasco - Centenas de milhares de sírios saíram hoje às ruas da capital, cantando hinos nacionais e proclamando sua lealdade ao presidente Bashar Assad, que enfrenta crescente pressão dos Estados Unidos. Estimativas extra-oficiais eram de que meio milhão de pessoas foram às ruas, igualando o número de libaneses que participaram ontem em Beirute de uma manifestação pró-Síria e antiamericana.

Os manifestantes sírios promoveram uma passeata de cerca de seis quilômetros, do bairro Mezzeh até o palácio presidencial, em Malki, carregando pôsteres de Assad, faixas e cartazes. "Estamos todos com você, que toma as decisões corretas!" lia-se numa faixa, numa referência a Assad. Milhares de bandeiras sírias. "Sacrificamos nosso sangue e nossa alma por você, oh Bashar!" gritavam os manifestantes.

Quando a multidão chegou ao palácio, Assad apareceu na sacada, acenando com as duas mãos, para delírio dos manifestantes. A manifestação foi organizada pelo governista Partido Baath. Jamila Saadi, uma universitária de 21 anos, disse que estava expressando apoio a Assad e a seu país. "Digo àqueles que estão exercendo tal pressão que a nação árabe é uma só, e não permitiremos que eles interfiram em nossos assuntos", acrescentou.

A Síria tem sido alvo de intensa pressão internacional para retirar seus 14.000 soldados do Líbano, seu vizinho ocidental, e parar de interferir na política do país, como exige a resolução 1.559 da ONU, apresentada pelos EUA e França. Por mais de três semanas, oposicionistas libaneses promoveram manifestações na capital exigindo a saída da Síria - a maior, na segunda-feira, contou com a presença de 70.000 pessoas.

Mas na terça-feira, uma manifestação convocada pelo grupo xiita Hezbollah em apoio à Síria e contra os EUA reuniu 500.000 pessoas em Beirute. "A oposição libanesa é apoiada por forças externas e não é patriótica", afirmou na manifestação de Damasco o barbeiro Qutaiba Lahham, 23 anos. "Vim aqui expressar apoio ao nosso presidente contra a pressão americana porque o presidente (Assad) está defendendo nossos direitos e os direitos de nossa terra".

"Ninguém pode tirar a Síria do coração e mente do Líbano", estava escrito em uma faixa. Raeda Qassem, uma professora de 38 anos, trouxe seus filhos para a demonstração. "Viemos expressar nossa solidariedade à sua Excelência o Presidente, e denunciar o que a Síria está sujeita frente à América, Israel e àqueles que estão com eles".





Fonte: AE - AP

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