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Meio Ambiente
Terça - 08 de Março de 2005 às 03:53

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Cientistas americanos destacaram nesta segunda-feira que o bom humor é tão saudável quanto a pratica de exercícios diários e que a depressão aumenta o risco de problemas cardíacos.

Em dois estudos independentes apresentados em Orlando (Flórida) durante um encontro do Colégio de Cardiologia dos EUA, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Maryland coincidiram em que fatores psicológicos incidem diretamente na saúde das pessoas.

No entanto, segundo Michael Miller, um dos cientistas da Universidade de Maryland, isto não significa de modo algum que o riso seja um substituto dos exercícios na manutenção da saúde cardiovascular. Porém, destacou que o recomendável é rir de maneira regular.

"Trinta minutos de exercício, três vezes por semana, e 15 minutos de riso todos os dias são muito bons para o sistema vascular", declarou.

O grupo de pesquisadores liderado por Miller exibiu pedaços de dois filmes, uma comédia e um drama, a 20 voluntários que teriam seu sistema vascular observado.

O estudo focou o comportamento do endotélio, a camada interna dos vasos capilares que, ao se contrair, reduz a passagem do sangue em 14 de 20 dos voluntários que assistiram ao filme dramático. Na maioria das vezes, a aterosclerose (endurecimento das artérias) começa no endotélio. No entanto, quando as cenas eram do filme de comédia, a passagem do sangue foi muito maior em 19 dos 20 espectadores, que riram sem complexos ou limitações.

"Dados os resultados do nosso estudo, é possível conceber a idéia de que rir pode ser importante para manter a boa saúde do endotélio e, portanto, diminuir os riscos de um problema cardiovascular", disse Miller em uma declaração. "A magnitude das mudanças que vimos no endotélio é similar ao benefício da atividade aeróbica, mas sem as dores, moléstias e tensões musculares associadas ao exercício", ressaltou.

No segundo estudo, médicos da Universidade Duke, na Carolina do Norte, examinaram 1,005 mil doentes cardíacos para determinar seu nível de depressão.

Os investigadores, encabeçados pelo especialista Wei Jian, descobriram que os que sofriam de depressão leve tinham 44% mais chances de morrer. "Esta associação adversa entre a depressão e a maior mortalidade é independente de outros fatores, inclusive da idade, do casamento, das funções cardíacas e das causas básicas dos problemas cardíacos", disse Jiang.

Embora as razões ainda não estejam claras, o pesquisador disse que pacientes com depressão em geral se abstêm de fazer exercícios físicos e de tomar seus remédios de maneira adequada. "Da mesma forma, os pacientes com depressão também tomam decisões negativas relativas à sua saúde, como aquelas que têm a ver com a dieta ou o consumo de cigarro", destacou.




Fonte: Agência EFE

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