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Politica Brasil
Quinta - 22 de Novembro de 2012 às 16:12

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Um grupo de senadores e deputados insatisfeitos com os rumos da CPI do Caso Cachoeira quer que o Ministério Público Federal investigue as irregularidades não apreciadas pela Comissão Mista. Na manhã de hoje (22.11), os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simon (PMDB), Randolfe Rodrigues (PSOL) e os deputados federais Onyx Lorenzoni (DEM) e Rubens Bueno (PPS) entregaram uma representação ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.


Para o senador Pedro Taques, o Ministério Público poderá mostrar o verdadeiro alcance do esquema criminoso investigado na CPI. O mato-grossense vem criticando a falta de prazo para novos depoimentos e cruzamento de dados de quebra de sigilos, além da "pressa” para a apresentação do relatório final da Comissão. "Sempre há espaço para investigação. Como o Congresso Nacional se omitiu da sua obrigação constitucional, o Ministério Público poderá aprofundar a análise dos crimes cometidos não só no âmbito do Centro-oeste, mas em todo o Brasil”, avaliou.


Na representação, os parlamentares sugerem, entre outras providências de índole investigatória e criminal, a investigação de políticos acusados de terem relação com Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta. São eles: o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT).


Senadores e deputados também querem a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico das 15 empresas tidas como fantasmas que teriam recebido dinheiro da Delta.


O procurador-geral Roberto Gurgel afirmou que as informações contidas na representação deverão auxiliar o Ministério Público Federal em novas frentes de investigação. Durante o ato de entrega do documento, ele comentou sobre o pedido do relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), para que ele seja investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).


"São frequentes as retaliações quando o Ministério Público atua e exerce sua função constitucional. Estamos habituados. Se isso [o pedido de investigação] vier a se concretizar, seria uma retaliação”, finalizou.






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