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Cultura
Segunda - 28 de Fevereiro de 2005 às 18:00
Por: Marli Moreira

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São Paulo - Líderes estudantis do Brasil e da América Latina querem reforçar a unidade e integração do continente com propostas de mudanças nas áreas econômica, política e social. Com esse propósito, eles estão discutindo o tema Outra América é possível, no 14º Congresso Latino-Americano e Caribenho de Estudantes (Clae). Com 3 mil inscritos, 2.200 brasileiros e 800 estrangeiros, o encontro começou sexta-feira (25) e vai até quarta (2), com pólos de atividades no prédio do Pavilhão da Fundação Bienal, no Parque do Ibirapuera, e no Ginásio do Ibirapuera.

O evento é promovido pela Organização Continental Latino-Americana e Caribenha (Oclae) e União Nacional dos Estudantes (UNE), que é filiada à Oclae. Paralelamente, está sendo realizada a quarta Bienal de Arte e Cultura da UNE com o tema Soy Loco por Ti. O objetivo é promover a integração cultural. De acordo com o presidente da UNE, Gustavo Petta, "a idéia é buscar uma identidade comum e uma rede de trocas culturais entre as diversidades que compõem nosso continente".

Para a realização dos dois eventos, foram ocupados espaços também no Museu de Arte Moderna (MAM) e no Museu de Arte Contemporânea (MAC). Além de exposições de trabalhos nas artes cênicas; cinema e vídeo, artes visuais; música; literatura; ciência e tecnologia, o encontro inclui oficinas e minicursos diversos.

Entre os participantes estrangeiros, a maior delegação veio da Venezuela com 115 inscritos, seguida pela do Equador, com 90, e a do México, com 85. Mais de 30 ônibus trouxeram estudantes da Argentina, Uruguai e Chile. De diversos estados brasileiros, as caravanas demandaram mais 150 ônibus. Entre os questionamentos, os estudantes querem discutir como ficam os bens culturais no processo de integração econômica.

Gustavo Petta defende a instalação de uma rede de trocas culturais. "Do ponto de vista político, o Congresso Latino-Americano de Estudantes reafirmará a idéia de que a cultura é determinante no projeto de integração", disse ele.

Segundo os organizadores, o evento ocorre no momento em que o olhar político mundial se volta para a América Latina por causa da recente eleição de quatro presidentes por partidos progressistas: Hugo Chávez, na Venezuela; Lula, no Brasil; Nestor Kirchner, na Argentina; e Tabaré Vázquez, no Uruguai.

Amanhã (1º), entre os assuntos a serem tratados está o debate sobre a luta pela democratização dos meios de comunicação, com a participação de um representante do jornal francês Le Monde, Antônio Martins, da revista brasileira Carta Capital, o jornalista Mino Carta, da Agência Latino-Americana de Informação (ALAI), do Equador, Osvaldo León, e do Portal Vermelho, o editor Bernardo Jofily. O debate será realizado das 9 às 12 horas, no prédio da Fundação Bienal. No mesmo horário, haverá um painel sobre o movimento pela paz e contra a guerra e militarização, na Assembléia Legislativa, onde se realizará também um debate sobre a Amazônia, com a presença do presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, professor Aziz Ab’Saber.

Entre os eventos de arte, das 13 às 17 horas, estão previstas mostras universitárias de cinema e vídeo, no MAM; e de artes cênicas, no MAC. Também no Museu de Arte Contemporânea, haverá palestra com o dramaturgo Augusto Boal, a partir das 16h30.

Para o encerramento do congresso foram convidados a médica cubana Aleida Guevara, filha de Che Guevara, que fará uma palestra, às 8h30 de quarta-feira. O ministro brasileiro da Cultura, Gilberto Gil, deverá participar do debate final do encontro, que tem como tema "A Cultura na Estratégia da Integração Latino-Americana".





Fonte: Agência Brasil

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