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Meio Ambiente
Segunda - 28 de Fevereiro de 2005 às 06:11

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A sonda espacial Mars Express, que há um ano colhe informações sobre diferentes aspectos do planeta Marte, permitiu que pesquisadores europeus encontrassem metano em sua atmosfera, o que abre novas portas para a esperança de haver vida nesse planeta. A possibilidade ocupou durante esta semana mais de duzentos pesquisadores que participaram da primeira conferência sobre a missão Mars Express.

Durante a apresentação de hoje das principais conclusões da conferência, o pesquisador italiano Victorio Formisano, explicou que "foram encontradas grandes quantidades de metano na atmosfera de Marte". Isto, para o pesquisador, é um indício da existência de bactérias com vida no planeta, que seriam a fonte de produção desse gás.

Quando os cientistas falam de vida em Marte estão muito longe de pensar nos seres inteligentes que supostamente aterrissam na Terra com suas naves espaciais. Eles falam da vida microscópica de bactérias e, apesar da descoberta de metano, que abre novas perspectivas à pesquisa, a pergunta sobre se "hoje" há vida em Marte continua sem resposta.

De um painel de dez especialistas, somente Victorio Formisano e seu colega americano Everett Gibson se atreveram a levantar a mão quando um jornalista perguntou quem dos presentes estava convencido de que a vida bacteriana em Marte existe na atualidade.

Embora os cientistas avancem, e, como explicou o pesquisador francês Jean-Loup Bertaux, se saiba que Marte tem 300 vezes menos ozônio do que a Terra, ainda não pode ser respondida a pergunta sobre se a vida poderia suportar as condições presentes, que contam, por exemplo, com um alto nível de raios ultravioleta.

A outra grande questão em torno da pergunta da existência de vida em Marte é a água. O pesquisador francês Jean Pierre Bibring explicou que através do espectômetro OMEGA a bordo da "Mars Express se pôde comprovar que foi encontrada água na superfície marciana "mas não como pensávamos que a tínhamos visto".

A água marciana está hoje em dia presente em forma de gelo, concentrado nos dois pólos. Além disso, o planeta vermelho, que "entrou há três mil anos em um período de frio e sequidão, poderia ter experimentado em sua história inicial episódios de calor e umidade", sustenta Bibring, já que essas condições explicariam a existência de áreas ricas em sulfato na superfície marciana, agora detectadas.

A câmara de alta resolução da Mars Express continuará a reunir imagens de Marte até a conclusão da missão.




Fonte: Agência EFE

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