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Internacional
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 07:10

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O ministro do Interior palestino, o general Nasser Yusuf, assegurou hoje que dois homens da Cisjordânia foram detidos por sua implicação no atentado de ontem à noite em Tel Aviv que deixou quatro mortos e 50 feridos. Yusuf deu a declaração aos jornalistas após a reunião com o presidente palestino Mahmoud Abbas (Abu Mazen) e com oficiais de segurança. Não foram dadas mais explicações sobre as prisões. O primeiro-ministro palestino, Ahmed Qorei (Abu Alá), reunido com o Gabinete, condenou o atentado e disse que "serão feitos esforços para manter a ordem", mas evitou dar declarações sobre os autores. Pouco antes, o presidente Abbas tinha afirmado que "uma terceira parte (facções armadas) quer atrapalhar o processo de paz e isso não será permitido", sem nomear expressamente o grupo armado Hisbolá.

A confusão sobre a autoria do atentado de ontem à noite em Tel Aviv levou ao presidente Abbas a pedir uma investigação conjunta com Israel. Os serviços de segurança palestinos averiguam as possíveis relações do Hisbolá com os milicianos locais das Brigadas de Al Aqsa, braço armado do Al Fattouh, ao qual o suicida Abdula Badrán, 21 anos, poderia pertencer. O exército israelense impôs hoje o toque de recolher à aldeia de Deir al Ghusun, e deteve cinco pessoas.

O atentado suicida registrado ontem à noite às portas de uma discoteca de Tel Aviv é o primeiro em Israel desde o dia 11 de novembro e poderia representar o fim da trégua que foi decretada em 8 de fevereiro pelo primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, e o presidente palestino, Abbas, na cúpula de Sharm el-Sheikh.

A reação de Israel ao ataque suicida foi moderada. O vice-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, assegurou hoje que o atentado não afetará o plano de retirada israelense de Gaza, previsto para julho. Já o primeiro-ministro adjunto israelense, Shimon Peres, disse que "é preciso lutar contra o terrorismo com intransigência e sem hesitar".





Fonte: EFE

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