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Internacional
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 06:55

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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, conhecido como Abu Mazen, declarou neste sábado em Ramala que "existe uma terceira parte", que não está composta pelas facções armadas (palestinas), que quer socavar o processo de paz, o que não permitiremos", em relação ao atentado de Tel Aviv que deixou quatro mortos e 40 feridos ontem.

"Condenamos o atentado em todas as formas possíveis porque ele socava a calma e o cessar-fogo que as facções palestinas tinham estabelecido", declarou o presidente Abbas aos jornalistas.

"Alegrei-me -acrescentou- ao saber que os grupos palestinos tinham negado a autoria do ataque, mas existe uma terceira parte que deseja socavar este processo, destruir os interesses palestinos e isso não será permitido".

Os serviços de segurança palestinos investigam as possíveis relações da guerrilha libanesa Hisbolá com os milicianos locais das Brigadas de Al Aqsa, braço armado do Al Fattouh, ao qual o suicida Abdula Badrán, de 21 anos, poderia pertencer.

Abu Mazen reiterou que seguirá o rastro dos autores que "são verdadeiros terroristas" e afirmou que os aparelhos de segurança palestinos mobilizados nas cidades buscam essa terceira parte, que não quis definir apesar das perguntas dos jornalistas.

O presidente palestino está em uma reunião na Muqata de Ramala com os oficiais da segurança palestina.

A confusão sobre a autoria do atentado de ontem à noite em Tel Aviv levou Abbas a pedir uma investigação conjunta com Israel.

O exército israelense impôs nas primeiras horas de hoje o toque de recolher na aldeia de Deir al Ghusun e deteve cinco pessoas, o imã da cidade, dois irmãos do suicida e dois de seus amigos, confirmaram fontes militares.

A Jihad Islâmica negou ter cometido o atentado, e a guerrilha libanesa Hisbolá se apressou de Beirute a negar sua implicação.

"Não há necessidade de responder a semelhantes mentiras", disse um de seus porta-vozes na capital libanesa.

As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa se somaram ao cessar-fogo feito entre as facções palestinas e o presidente Abbas, no entanto, pequenos grupos incontroláveis do norte da Cisjordânia e financiados pelo Hisbolá afirmaram que continuariam com os ataques contra objetivos israelenses.

O atentado suicida registrado ontem à noite às portas de uma discoteca de Tel Aviv é o primeiro a acontecer em Israel desde novembro de 2004 e poderia representar o fim da trégua que foi anunciada em 8 de fevereiro pelo primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, e o presidente palestino, Abbas.





Fonte: EFE

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