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Ciência/Pesquisa
Segunda - 19 de Novembro de 2012 às 10:55

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Cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriram um novo tipo de bactéria que pode ajudar a entender como vários destes micróbios passaram a viver dentro do organismo dos insetos, trazendo benefícios através de relações conhecidas como simbiose.

O estudo, publicado nesta quinta-feira (15) no site do periódico "PLoS Genetic", sugere que espécies de insetos foram infectadas por bactérias agressivas há várias gerações, originárias de plantas e animais. Com o tempo, os microorganismos evoluíram para se tornar menos letais e, com isso, se beneficiar de serem transmitidos para os filhotes dos insetos. Esta "domesticação" das bactérias pelos insetos, na palavra dos pesquisadores, era um mistério para a comunidade científica.

Pequenos besouros que abrigam bactérias dentro do organismo caminham por grãos (Foto: Divulgação/Universidade de Utah)
Pequenos besouros carregam bactérias dentro do organismo (Foto: Divulgação/Universidade de Utah)


Com a nova bactéria, que foi descoberta após um idoso americano machucar sua mão em uma árvore e ter uma infecção, é possível entender melhor "a origem dos benefícios mútuos de uma relação simbiótica entre micróbios e os insetos", afirmou o pós-doutorando Kelly Oakeson, um dos autores da pesquisa.
Espécimes da bactéria encontrada por cientistas americanos (Foto: Divulgação/Universidade de Utah)
Bactérias descobertas por cientistas americanos
(Foto: Divulgação/Universidade de Utah)



"Há várias bactérias no meio ambiente que fazem relações simbióticas com insetos. É a primeira vez que um destes micróbios é encontrado e estudado", disse Oakeson na pesquisa. A nova bactéria pode ser reproduzida em laboratório com facilidade, e está ligada ao gênero Sodalis, um dos muitos tipos de bactéria que vivem no corpo dos insetos, segundo o estudo.

O estudo afirma que, no futuro, deve ser possível manipular os genes da bactéria descoberta para que ela impeça que insetos transmitam doenças, como o mosquito da malária, o mosquito da dengue e a mosca tsé-tsé, que transmite a chamada doença do sono.

"Se conseguirmos modificar geneticamente a bactéria e colocá-la de volta nos insetos, ela pode ser usada como uma forma de combater doenças que são transmitidas por estes insetos", disse o pesquisador Adam Clayton, da mesma universidade e um dos autores do estudo.






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