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Meio Ambiente
Quinta - 24 de Fevereiro de 2005 às 09:50

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As amizades aliviam psicologicamente as mulheres que têm problemas cardiovasculares, mas apenas se os amigos não fumam, afirma a revista Psychosomatic Medicine. Um dos estudos publicados na edição desta semana da revista e financiado pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmões e Sangue é um dos primeiros a analisar o vínculo entre o isolamento social e o risco de morte entre as mulheres que podem ter doenças do coração.

"A conclusão principal é de que se você é mulher e sente pressão no peito, é melhor que tenha muitas amizades", brincou Carl Pepine, chefe de estudos de medicina cardiovascular da Universidade da Flórida (EUA) e principal autor de uma das pesquisas.

A equipe de Pepine examinou, em diferentes partes do país, 503 mulheres com idade média de 59 anos que sentiam mal-estar no peito, o que é um indício freqüente de doenças cardiovasculares. As mulheres foram submetidas a diversas análises, incluindo uma angiografia coronária, para determinar se tinham obstruções de artérias. Em sua maioria, as mulheres não tinham doenças cardíacas graves mas muitas sofriam de depressão ou outras formas de mal-estar psicológico.

Depois, os pesquisadores, através de questionários, estudaram a vida social destas mulheres, suas relações com familiares, amigos, vizinhos e grupos comunitários. Quase a metade das mulheres estudadas informou que tinha redes sociais pequenas, isto é, vínculos regulares com menos de seis pessoas que podiam ser familiares ou amizades. Os pesquisadores acompanharam a condição de saúde de todas as mulheres durante um tempo que oscilou entre dois a quatro anos.

"As mulheres que disseram ter redes de apoio social maiores mostraram menor risco de doenças coronárias, incluindo níveis mais baixos de glicose no sangue, taxas mais baixas de tabagismo e hipertensão, diabetes e depressão", diz o artigo. Cerca de 67% das mulheres que tinham uma rede social menor apresentaram alguma doença cardiovascular. Entre as mulheres com ais amizades, o número foi de 54%.

Outro estudo publicado pela mesma revista e dirigido por Beverly Brummett, do Departamento de Psiquiatria e Ciências da Conduta da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, mostrou o vínculo entre a sociabilidade e possíveis conseqüências negativas, como a vida sedentária e o tabagismo. "Muitos estudos avaliam o efeito do contato social na mortalidade de pacientes com doenças nas artérias coronárias", disse Brummett.

Esses estudos demonstraram que, quando a mulher tem relações sociais mais amplas e sólidas, sua probabilidade de viver mais, inclusive com a doença cardiovascular já diagnosticada, aumenta. Mas o estudo de Brummett adverte para fatores que revertem esses benefícios quando a amizade vem acompanhada de uma vida sedentária e do hábito de fumar cigarros.





Fonte: Agência EFE

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