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Economia
Domingo - 20 de Fevereiro de 2005 às 11:06

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Um exemplo da produção atual da cooperativa Curimbatá é a previsão de produção de 50 toneladas de húmus em 2005. O material orgânico é formado a partir da junção de bagaço de cana, esterco de gado e cinzas. A cooperativa tem também capacidade de originar 500 quilos de frutas secas por mês. Para isso, são utilizadas frutas da região, como manga e banana, mas o abacaxi também é uma das variedades processadas pelo grupo econômico.

O doce de frutas também é outro produto feito pela cooperativa e difundido no mercado mato-grossense pelos supermercados Modelo. Nesse segmento, a Curimbatá tem capacidade de produzir cerca de mil quilos de polpa de fruta para elaboração de doces diariamente.

Além disso, uma reunião realizada na semana passada formalizou uma nova parceria que vai interligar os supermercados Modelo, a cooperativa Curimbatá e a comunidade de remanescentes de escravos (quilombolas) de Mata Cavalo, situada no município de Nossa Senhora do Livramento, há 42 quilômetros de Cuiabá. A relação comercial entre os envolvidos vai beneficiar cerca de 500 famílias da comunidade (que vão se tornar cooperadas da Curimbatá) que, em contrapartida, vai fornecer produtos gerados pelas famílias para a venda no mercado mato-grossense.

Para o pesquisador cooperado da cooperativa Curimbatá essa é uma parceria de economia solidária, pois constrói um alo entre empresas, comunidade acadêmica, pessoas de baixa renda e também da classe média. "Estamos criando uma nova forma de relação econômica e social", argumenta.

História - A cooperativa surgiu a partir da de pesquisas elaboradas por Nicolau Filho para desenvolver métodos alternativos de secagem de frutas. o resultado inicial foi uma economia de 37,5 quilos de lenha na desidratação de cada quilo de passa. Essa mudança na secadora de frutas fez com que ao invés de 40 quilos fossem necessários apenas 2,5 quilos de lenha para secar um quilo de frutas. Após essa conquista do pesquisador o próximos passo foi reunir um grupo de cerca de nove pessoas do bairro Jardim das Palmeiras para iniciar o trabalho.

Para dar mais força ao projeto o grupo decidiu se formalizar. Para isso aproveitaram uma cooperativa desativada de pescadores da comunidade de Pai André, que precisava de uma alternativa comercial para o período da piracema. Assim, os cooperados aumentaram, assim como a organização dos integrantes do grupo. Depois disso foram necessários quase quatro anos (desde 1999) para que os cooperados começassem a ganhar com o trabalho.

Patrocínio - O projeto Rede de Colaboração Solidária, criado a partir da experiência da cooperativa Curimbatá pelo pesquisador cooperado, Nicolau Priante Filho, foi o único trabalho mato-grossense contemplado com o patrocínio da Petrobrás, por meio do programa de geração de renda da empresa. Com isso, a organização comercial vai receber o incentivo de R$ 500 mil.

De acordo com Nicolau Filho, dos quase 6 mil projetos inscritos apenas 73 foram contemplados, sendo que o Rede de Colaboração solidária é o único beneficiado do Estado. Em função dessa injeção de capital no projeto existe uma previsão de aumento de escala no trabalho, conforme comenta o pesquisador cooperado. "Estamos em fase de expansão e esse apoio da Petrobrás é muito importante", destaca.(AM)




Fonte: A Gazeta

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