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Meio Ambiente
Domingo - 20 de Fevereiro de 2005 às 10:49
Por: Fabiana Batista

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Apesar de não ocupar muito "espaço" na estrutura dos órgãos fiscalizadores e repressores em Mato Grosso, o crime de tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e de drogas. Por se tratar de uma atividade ilegal e por não existir uma agência centralizadora de ações no país, os dados reais sobre esse comércio ilegal são difíceis de serem calculados. Mas, levantamento feito em 2001 pela ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) estima que 38 milhões de animais são traficados ao ano no Brasil.

Segundo a coordenadora de projetos da Renctas, Ângela Maria Branco, as aves estão no topo da lista entre as mais traficadas, seguidas de répteis e de mamíferos. A ONG aponta ainda que a movimentação desse mercado no mundo alcança os US$ 10 bilhões ao ano, sendo o Brasil responsável por aproximadamente 10%.

A Renctas pontua que outra importante rota de retirada de animais silvestres brasileiros situa-se nas fronteiras dos Estados da Amazônia, onde há total ausência da fiscalização brasileira. Cuiabá é citada pela entidade como uma da cidades brasileiras que ganharam fama como fornecedoras da fauna silvestre para o mercado ilegal. Milagre, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Cipó (BA), Recife (PE), Almenara (MG), Belém e Santarém (PA) também constam na listagem.

Esses animais são retirados da natureza pela população carente, ribeirinhos, caboclos e indígenas. O que acontece, de acordo com Ângela, é que essa população é desinformada e não entende a importância dessas espécies para a natureza. E, os valores pagos por esse animais são irrisórios. "Quando chega na ponta, ou seja, na venda para o comprador final, o valor é mais de 20 vezes maior".(FB)




Fonte: A Gazeta

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