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Internacional
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 10:47

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O líder do movimento xiita libanês Hisbolá, o xeque Hassan Nasralah, desligou-se neste sábado da "intifada" (rebelião) anti-síria, anunciada na sexta-feira passada pelos líderes da oposição para derrubar o governo.

O problema da presença militar síria no Líbano "não se deve resolver nas ruas mas através de discussões e de um dialogo nacional", afirmou Nasralah pela festa xiita da "Ashura".

Além disso, ele descartou que a retirada das tropas sírias (14.000 soldados) possa servir ao Líbano, pois "não resolveremos nossos problemas trocando um mandato por outro", em alusão aos pedidos da oposição por uma intervenção internacional.

"Nem internacionalizar (a crise), nem o recorrer ao exterior (em alusão ao pedido da oposição para que a ONU proteja o povo libanês) resolverá nossos problemas. Devemos nos unir e encontrar uma solução", insistiu o chefe do Hisbolá.

Ao falar sobre o atentado que na segunda-feira passada acabou com a vida do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri e de outras quatorze pessoas, Nasrala pediu "uma investigação justa, rápida e responsável, por ser uma responsabilidade nacional".

O chefe do Hisbolá referia-se à idéia de uma comissão internacional para investigar o assassinato de Hariri, assim como exige a oposição e vários países.

Também advertiu que a resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU, que exige da Síria a retirada de seus 14.000 soldados mobilizados no Líbano e o fim da ingerência em seus assuntos internos só contribuíu para "dividir" os libaneses e beneficiar Israel.

Os xiitas libaneses (que se considera a comunidade mais numerosa, faltando um censo atualizado) e mais concretamente o Hisbolá são um dos principais aliados da Síria no Líbano e, de fato, a resolução 1559 pede também o desarmamento das milícias em solo libanês, em alusão ao Hisbolá.

Sobre as eleições parlamentares, previstas para abril ou maio, o líder xiita disse que apoiava sua celebração na data fixada e que aceitaria seu adiamento caso os libaneses optem por isso.

"A situação é perigosa. Estamos dispostos a fazer concessões já que o novo Parlamento deverá decidir o destino político, econômico e da segurança do país nos próximos anos".





Fonte: EFE

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