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Politica Brasil
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 07:33

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Numa das raras vezes em que se dispôs a falar sobre política na Expedição, o governador Blairo Maggi afirmou que só deixa o PPS se a verticalização, necessidade das executivas regionais seguirem as coligações partidárias feitas em nível nacional, não for derrubada no Congresso Nacional. Caso ela seja mantida e o partido não viabilize condições para a candidatura a reeleição, o próprio PPS deverá avalizar sua saída da sigla. Esse, segundo o chefe do Executivo mato-grossense, foi a o acordo fechado com o presidente nacional da legenda, deputado Roberto Freire, que esteve na semana passada em Cuiabá.

“Eu permaneço no PPS sem problema nenhum, vou trabalhar o projeto político do PPS, agora, se lá na frente as condições não forem suficientes o próprio partido vai avalizar e vai até me ajudar a encontrar uma sigla onde eu possa me acomodar, mas isso é na condição de não cair a verticalização, mas se cair eu fico onde estou”, declarou o governador, que evitou falar de política partidária durante toda a semana.

Quando esteve em Cuiabá, Roberto Freire afirmou que o PPS vai lutar pela derrubada da verticalização, porém, apesar de ainda não ter nomes, o partido deve lançar candidato a presidência da República independente da legislação eleitoral.

Porém, a vitória do PP na Câmara Federal, que elegeu o deputado Severino Cavalcanti para a presidência, segundo o governador, pode ser uma vantagem para os contrários à verticalização. “Pode facilitar a derrubada porque o PPS é radicalmente contra a verticalização”, ponderou o governador.

ARTICULAÇÕES – Maggi evitou fazer muitos comentários sobre a reunião entre os presidentes estaduais do PFL e PSDB, respectivamente o ex-prefeito Jaime Campos e o ex-governador Dante de Oliveira. “Eu não conheço o teor da reunião, eu só acho que todo mundo tem direito de conversar com todo mundo, sem problema nenhum”, afirmou, ao ressaltar que, na semana passada, ao ser interpelado por Jaime Campos, afirmou que o PPS está caminhando no sentido de permanecer junto ao PFL em 2006. “Se houve mudanças de lá para cá eu não sei, estou fora de Mato Grosso” disse após uma reunião com autoridades da região de Tacna, no Peru.

A reunião entre os dois dirigentes partidários, Campos e Dante, provocou o descontentamento por parte de algumas lideranças do PFL. Para o deputado Campos Neto, que integra a comitiva do Estradeiro Internacional, as articulações em torno de uma possível aliança com o PSDB partem de líderes que estão colocando o projeto pessoal à frente do partidário sem respeitar a opinião da base partidária. “Eu estou com o governador Blairo Maggi e defendo a sua reeleição”, afirmou ao ponderar que se a decisão do partido for a de lançar candidato próprio ou defender outro nome para o governo do Estado em 2006, ele deixará a legenda. “Este ano eu já pretendo estar num partido que esteja fechado com o governador”, completou o parlamentar. (MR)




Fonte: Diário de Cuiabá

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