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Nacional
Sexta - 18 de Fevereiro de 2005 às 23:47
Por: Leonel Rocha

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Belém - Após um ano de investigações, a Polícia Federal descobriu que a Construtora Engeplan Ltda., que pertence ao senador Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA), é a principal fraudadora da Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) no Pará. O golpe milionário vinha sendo aplicado há mais de cinco anos por várias companhias. Elas falsificavam comprovantes dos pagamentos de contribuição previdenciária aceitos pelos funcionários do INSS que extinguiam a dívida da empresa e emitiam a Certidão Negativa de Débito falsa.

Licenciado da empresa desde que assumiu o mandato, em janeiro, Flexa Ribeiro não está sendo responsabilizado pela atuação do seu sócio, o empresário Antônio Fabiano de Abreu Coelho que sumiu de casa minutos antes da chegada da Polícia e está foragido. Segundo informações da PF, Fabiano era quem corrompia funcionários do INSS para extinguir, de forma fraudulenta, o débito da construtora.

Para prender quase 30 pessoas entre empresários, auditores e funcionários administrativos do INSS, a PF realizou hoje em Belém, Santarém e na cidade de Dom Eliseu a "Operação Caronte". Além das prisões, foi recolhida uma farta documentação nas empresas, nas casas dos presos e, além, de automóveis comprados recentemente pelos acusados.

Para conseguir as certidões falsas, as empresas pagavam de R$ 350 até R$ 40 mil aos servidores. A propina variava de acordo como tamanho da dívida da empresa.

Entre as companhias fraudadoras está um dos maiores grupos Madeireiros do Pará e empresas de segurança privada. A PF ainda não sabe o tamanho da fraude, mas já pediu auditoria do Ministério Público federal e do próprio INSS em 20 empresas envolvidas no caso.

Todo o esquema da fraude era coordenado pela ex-chefe do setor de arrecadação do INSS no Pará, Yolanda Matos Cardoso, que já está aposentada mas servia de intermediária entre as empresas e os atuais funcionários do seu antigo setor. Momentos antes de ser presa ontem, Yolanda, que é conhecida pelos policiais como "Vovó Mafalda", foi flagrada ao telefone avisando a uma colega para esconder documentos que comprovavam as fraudes e estavam guardados em uma loja de roupas que possui em Belém.




Fonte: Agência Estado

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