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Nacional
Sexta - 18 de Fevereiro de 2005 às 23:40
Por: João Unes

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Goiânia - A Polícia Civil de Goiás abriu três inquéritos para apurar a ocupação e a operação de reintegração de posse na invasão do Parque Oeste Industrial. Um deles investiga as mortes dos invasores Wagner da Silva Moreira, de 20 anos, e Pedro Nascimento, de 27. O delegado Waldir Oliveira aguarda o laudo pericial do Instituto de Criminalística, que tem dez dias para esclarecer em que circunstâncias as mortes ocorreram.

O delegado disse que a Polícia Militar não soube mostrar onde teriam acontecido as mortes. Ele contou que, por meio de testemunhas, policiais conseguiram esclarecer o local da morte de Moreira. O local da morte de Alves ainda não foi encontrado, mas a polícia acredita que ainda vai conseguir localizar testemunhas para relatar o que ocorreu. O delegado não quis comentar se houve ou não excesso dos PMs. "Seria leviano falar em execução em primeiro momento", afirmou. "É preciso primeiro ouvir as testemunhas em caráter confidencial, o que deve acontecer na próxima semana.

Outro inquérito vai apurar quem atirou contra o tenente Ricardo Mendes um dia antes da desocupação. O oficial está internado e teve parte do intestino extraída. O terceiro inquérito apura a venda irregular de imóveis na invasão. "Já pedimos a prisão de 24 líderes da invasão com base nesta investigação", afirmou o delegado.

Foram expedidos mandados a 23 líderes da ocupação, entre eles três policiais militares. Dez mandados já foram cumpridos, sendo que oito pessoas foram liberadas. Os presos são Américo Rodrigues Novaes e o policial militar Agildo Vagner, que está em um batalhão da PM. Ambos são considerados pela polícia líderes da ocupação. De acordo com o delegado Valdir Soares, os demais mandados de prisão serão cumpridos nas próximas horas.

O Ministério Público de Goiás intimou 50 sem-teto para fazerem exame de corpo delito no IML estadual e decidiu investigar todo o procedimento de reintegração de posse, realizado por dois mil homens da Polícia Militar. Cinco promotores conduzem um inquérito civil público instaurado para apurar a retirada dos sem-teto. Também investigam o envolvimento de políticos ou agentes públicos no processo de ocupação da área, acompanham o destino das pessoas que moravam no local e "como o governo vai se comportar agora, porque pessoas estão sem teto, sem abrigo e não têm para onde ir", disse.




Fonte: Agência Estado

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