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Internacional
Sexta - 18 de Fevereiro de 2005 às 21:08

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Um turista encontrou esta semana na cordilheira dos Andes vários objetos pertencentes a um dos 16 uruguaios que sobreviveram 72 dias no lugar, depois que o avião no qual voavam caiu, em 1972, com mais 29 pessoas a bordo. A descoberta aconteceu durante uma excursão ao lugar da tragédia, informou hoje Télam Edgardo Barrios, gerente de uma hospedaria que organiza esse tipo de expedição.

Os objetos pertencem a Eduardo José Strauch Uriaste, um dos que sobreviveram aos picos gelados dos Andes antes de ser resgatado e que, assim como os outros, teve de comer carne de seus companheiros mortos.

Barrios explicou que um turista americano encontrou o documento de identidade, a carteira de motorista e uma carteira de couro com 13 dólares e 1 mil pesos uruguaios pertencentes a Strauch Uriaste.

Numa paragem situada a cerca de mil metros da cruz erguida em homenagem às vítimas, a 4,5 mil metros sobre o nível do mar, também havia um passaporte, acrescentou.

Tudo estava quase intacto, dentro de um saco azul, junto à armação de óculos de sol, um rolo de fotos, parte do que era uma câmera fotográfica, um livrete do Ministério da Saúde Pública do Uruguai, papéis pessoais e um canhoto "para retirar a bagagem em destino".

"Essa montanha ainda continua nos dando surpresas e devolvendo coisas", disse Alvaro Mangino, outro dos sobreviventes da tragédia, que chegou quinta-feira à cidade argentina de San Rafael, para começar hoje sua sétima escalada à colina onde ocorreu o acidente. Mangino disse a Télam que "em quinze anos de excursões nunca havia sido encontrado nada".

Barrios explicou que "os turistas não estão habilitados para se afastar do monumento que há ali, em homenagem aos 29 falecidos (...) tratou-se de um "andinista" com muita experiência que saiu a caminhar pelos arredores".

Em 13 de outubro de 1972 um avião Fairchild, da Força Aérea Uruguaia, contratado para transportar a delegação do clube de rugby Old Christians e no qual viajavam 45 pessoas, caiu na Cordilheira dos Andes, fronteira natural entre Argentina e Chile.

A maioria dos ocupantes morreu no acidente, outros, dias depois devido a ferimentos e avalanches. A história da tragédia ficou mundialmente conhecida através do livro do americano Piers Paul Read, e pelo filme ¿Vivo¿, cujo conteúdo causou mal-estar a vários sobreviventes. Também foram filmados documentários sobre a tragédia.




Fonte: Agência EFE

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