Economia de energia foi menor no Horário de Verão

O horário de verão termina zero hora de domingo e a Rede Cemat já contabiliza a redução no consumo de energia elétrica deste ano. Porém, a economia gerada este ano foi menor que em anos anteriores. A redução do consumo energético em Mato Grosso entre novembro de 2004 e fevereiro de 2005 foi de 0,68%, ou seja, 8,7 milhão de MW/h, de acordo com números divulgados ontem pela Rede Cemat. Para se ter uma dimensão exata do que isso representa, a redução gerada este ano é suficiente para abastecer uma cidade como Chapada dos Guimarães por seis meses ou iluminar Várzea Grande durante 11 dias.

Ainda assim, a economia deste ano foi 46,2% menor, por exemplo que no período 2002/2003, quando a queda no gasto de energia foi de 1,3%, e 66% menor que no verão 1998/1999, quando a Rede Cemat contabilizou uma redução no consumo de 2,1%. Esses valores são do sistema interligado de distribuição de energia, no qual o abastecimento é feito por redes do Sistema Nacional Interligado. A queda no percentual de energia elétrica economizada indica, no entanto, uma elevação na atividade econômica do Estado, conforme analisa o gerente de planejamento e operação da Rede Cemat, José Adriano Mendes Silva. Segundo ele, o reaquecimento da atividade comercial e industrial refletem no gasto de energia. Outro fator que influenciou para a menor economia foi o verão com temperaturas mais elevadas, o que afeta diretamente o consumo. Para Silva, o aumento no número de clientes da distribuidora também colaborou para esse resultado, porém, em menor escala.

Já o consumo de energia elétrica no horário de pico, das 18h às 21h, foi 5,26% menor este ano. Por se tratar do horário no qual o sistema de suprimento de energias fica mais sobrecarregado, essa redução traz maior confiabilidade ao sistema, conforme afirma o gerente de planejamento e operação da Rede Cemat. Para Silva, o horário de verão serve para otimizar a utilização de energia elétrica, mas ele garante que o sistema está preparado para operar em qualquer circunstância, mesmo sem horário de verão, como aconteceu no ano passado. "Mas é importante aproveitar a maior exposição da luz solar que acontece nesse período para reduzir o consumo", diz.