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Economia
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 10:10
Por: Nelson Francisco

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La Paz, Bolívia – O Governo boliviano vai rever problemas burocráticos que emperram as relações comerciais com Mato Grosso, garantiu o presidente do País, Carlos Mesa Gisbert em audiência com o governador Blairo Maggi, na noite desta terça-feira (14.02). No próximo mês, uma missão oficial irá rever problemas burocráticos como a aduana única, retirada de “trancas” e livre acesso de bolivianos sem necessidade de passaporte.

“Nessa parte burocrática o presidente foi bastante sensível e nós mostramos a ele que temos muitas possibilidades de negócios entre os dois países, e que se nós não tirarmos essa burocracia não vai acontecer. Mesmo sem o asfalto é possível transitar. Nós vimos que a estrada tem condições. Agora, com essa burocracia fica impossível de se fazer”, disse o governador.

Segundo o governador, Mesa classificou de “absurdo que isso ainda aconteça”. “Eu acredito que o presidente vai tomar as decisões necessárias e se comprometeu, nos dias 3, 4 e 5 de marco, enviar uma missão de alto nível para ver qual é a tarefa da Bolívia para que a gente possa resolver essa problema”, disse Maggi.

A burocracia, garantiu o presidente ao governador, não será empecilho para emperrar as relações comercias. “Começamos a discutir essas questões, como por exemplo, diminuirmos as burocracias entre as nossas alfândegas, uma vez que nós queremos que turistas mato-grossenses venham para a Bolívia e queremos bolivianos por lá também”, informou o governador.

Maggi manifestou apoio ao comércio com a Bolívia, conforme a produção existente tanto no País como em Mato Grosso. “Queremos trazer cargas para cá e comprar produtos bolivianos. Mas a burocracia e as trancas que existem na rodovia para Mato Grosso e também a questão dos passaportes. Tudo é muito complicado. É uma missão que não custa muito dinheiro, é uma coisa barata de se fazer, mas que falta vontade política. O presidente concordou e nós vamos trabalhar para isso seja resolvido”, disse o governador.

CORDILHEIRA – Em relação à saída para o Pacífico, assinalou Maggi, as propostas de comércio têm que ser revistas, conforme observa ele no quarto dia da expedição. “Nós não acreditamos que para produto de soja isso seja interessante, uma vez que estamos muito longe. De Cuiabá para chegar aos portos do Sul são 1,8 mil quilômetros. E até aqui (Bolívia) temos dois mil quilômetros a fazer e temos os inconvenientes da Cordilheira dos Andes. Mas não é isso que nos traz aqui”, disse o governador.

“O que nós queremos é ter uma oportunidade de podermos vender produtos elaborados e semi-elaborados para a Bolívia e queremos comprar da Bolívia produtos que às vezes nem se fazem aqui, mas que tem um potencial muito grande, como por exemplo, frutas. Todas as frutas consumidas em Mato Grosso vêm do Sul do Brasil e pode muito bem sair daqui (Bolívia) para Mato Grosso. Há oportunidades de negócios para todos. Precisamos é começar a trabalhar e diminuir a burocracia que existe e que impede que as pessoas transacionem negócios”.

Uma aproximação do Brasil com a Bolívia pode ocorrer com a execução de políticas públicas e obras de infra-estrutura, avaliou o embaixador do Brasil na Bolívia, Antonino Mena Gonçalves. O intercâmbio, segundo o embaixador, vai ocorrer a partir dos contatos que estão sendo mantidos. “Temos que utilizar a ligações com o Brasil, que inexplicavelmente não existem até agora, apesar dessa proximidade”, disse o embaixador.





Fonte: Secom - MT

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