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Nacional
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 23:29
Por: Carlos Mendes

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Belém - O líder do Assentamento Carajás, a 8 km da cidade de Parauapebas, sul do Pará, Soares da Costa Filho, de 44 anos, que era também diretor dissidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, foi morto com seis tiros por dois pistoleiros que estavam em uma motocicleta. Os matadores do sindicalista, ainda não identificados, estão foragidos. Os tiros atingiram a cabeça e o peito do sindicalista. O crime aconteceu pouco mais de 72 horas após o assassinato da missionária Dorothy Stang e do colono Adalberto Xavier Leal, ambos em Anapu.

De acordo com o capitão Deodato Alves, da Polícia Militar de Parauapebas, que esteve no local do crime juntamente com policiais civis para fazer a remoção do corpo, a vítima foi surpreendida pelos assassinos quando caminhava a pé por uma estrada vicinal que dá acesso ao assentamento e não teve tempo de esboçar qualquer reação. Populares que viram os criminosos forneceram suas características físicas aos policiais.

A polícia abriu inquérito para apurar o crime e trabalha em duas frentes de investigação: acerto de contas entre dissidentes do sindicato e vingança de supostos desafetos de Soares dentro do assentamento. Uma terceira possibilidade, a de crime de encomenda por fazendeiros da região, também não é descartada. Soares, segundo assentados, ultimamente vinha recebendo ameaças de morte em Parauapebas.

A briga pelo comando do sindicato existe há pelo menos dois anos. O atual presidente da entidade, Francisco de Assis, para tomar posse em meados do ano passado, teve de ingressar com liminares de reintegração de posse do prédio, que estava ocupado por integrantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), derrotados na eleição.

Tão logo soube do crime, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, determinou que agentes da Polícia Federal de Marabá participem das investigações para tentar prender os assassinos o mais rápido possível. Homens da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vão acompanhar os agentes da PF nas investigações. O corpo do sindicalista foi levado para o Instituto Médico Legal de Marabá, onde foi autopsiado.





Fonte: Agência Estado

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