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Politica Brasil
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 14:11
Por: Edivaldo de Sá

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Acontecerá daqui a pouco uma reunião entre uma comissão, formada por representantes de manifestantes, que impediram a entrada do prefeito de Rondolândia, José Guedes de Souza, na sede da prefeitura na semana passada, e o Juiz Eleitoral da 35ª Zona Eleitoral, com sede em Juína, Geraldo F. Fidélis, que havia declarado no inicio de dezembro do ano passado, a inelegibilidade de José Guedes e a vice – prefeita, Izolina Aparecida Ferreira de Almeida, eleitos em outubro de 2004.

A decisão foi tomada com base em Investigação Judicial Eleitoral, ajuizada pelo adversário Rubson de Carvalho, candidato a Prefeito do município, pela Coligação Frente Social Democrática – PSDB/PSL, que acusou o prefeito reeleito de uso, numa tarde de sábado, de um veículo caminhonete pertencente à Prefeitura de Rondolândia, em campanha eleitoral do prefeito José Guedes de Souza, que, na ocasião, era conduzido por seu sobrinho que, aliás, não é servidor público, transporte em ônibus escolar de eleitores e correligionários da coligação investigada para participar de eventos organizados por sua campanha eleitoral, indução de índios, durante treinamento para uso da urna eletrônica, utilizando-se de cartazes confeccionados com cartolinas, presos em um quadro negro, a fim de ensinar a votar nos candidatos investigados e localização de comitê eleitoral da coligação investigada em desacordo com o limite legal.

As investigações constataram as irregularidades, principalmente a que mais contribuiu para mudar o resultado da eleição, de acordo com decisão de Geraldo Fidélis, que diz respeito a um teórico ensinamento ministrado aos eleitores indígenas, presentes no treinamento com a urna eletrônica na escola situada na aldeia “Zawyt Wawa”, da etnia Zoró.

Dois candidatos a vereadores acabaram sendo beneficiados com o vicio criado com a suposta intenção de apenas ensinar os eleitores índios a votarem numa réplica de urna eletrônica, instalada na aldeia, o cacique da comunidade Zoró, Humberto Zoró e a esposa dele, Ligia Neiva.

Geraldo Fidélis declarou José Guedes de Souza, Izolina Aparecida Ferreira de Almeida, Humberto Zoró e Ligia Neiva, inelegíveis para as eleições a se realizarem nos próximos 3 (três) anos subseqüente à última eleição de 03/10/2004, e por serem diretamente beneficiados pela irregularidade eleitoral, cassou-lhes o registro das candidaturas aos cargos de Prefeito, Vice-prefeito, Vereador e Vereador, respectivamente, condenando José Guedes de Souza, Izolina Aparecida Ferreira de Almeida, Humberto Zoró, Ligia Neiva e a Coligação União e Trabalho, em face da prática das condutas vedadas, ao pagamento de multa no valor total de R$ 5.320,50 (cinco mil e trezentos e vinte reais e cinqüenta centavos). A decisão cabe recurso no TER e Mato Grosso.

Desde o dia 14 de Janeiro o processo está tramitando no TRE – Tribunal Regional Eleitoral, com vistas para o Ministério Público Eleitoral, podendo ainda subir para o TSE – Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.

Por telefone, agora a pouco, Geraldo Fidélis, disse ao RepórterNews, que está promovendo o encontro para acalmar os ânimos na cidade e pedir as pessoas envolvidas que aguardem o transito em julgado de sua sentença. “Vivemos num estado democrático de direito e não devemos subverter a ordem jurídica. A orientação que darei, é de que aguardem a manifestação do TRE e posteriormente do TSE” exemplificou Fidélis.

Na verdade, a manifestação que impediu a entrada do prefeito José Guedes na prefeitura, parte da oposição, autora da ação que culminou com a condenação do alcaide. Preocupados com o desenrolar dos fatos, a Policia Militar, pediu a intervenção do magistrado, para evitar conflitos na cidade.

José Guedes, não obteve mais de 50% dos votos na eleição, e caso seja mantida a decisão de Fidélis, uma nova eleição deverá acontecer em Rondolândia, que perdendo os direitos políticos, não poderá concorrer no novo pleito.




Fonte: RepórterNews

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