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Polícia Brasil
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 08:04
Por: Adilson Rosa

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Seis pessoas foram assassinadas neste feriadão de ano novo na Grande Cuiabá. Desde as primeiras horas deste ano, aconteceram duas execuções na região do Pedra 90, duas na região do Três Barras, além da morte de um preso da Penitenciária de Pascoal Ramos e de um latrocínio (roubo seguido de morte) no bairro Santa Isabel, em Várzea Grande.

Comparando-se os dados recentes com o início de 2004, a violência dobrou. No reveillon do ano passado, a polícia registrou três assassinatos na Grande Cuiabá.

As execuções deste ano começaram com a morte do vendedor Moacir Gomes, de 38 anos, assassinado com um tiro na cabeça em frente a um bar no bairro Três Barras, em Cuiabá. O homicídio ocorreu por volta das 4 horas numa discussão iniciada momentos antes.

Segundo testemunhas, o estabelecimento comercial estava fechado na hora do crime. O assassinato seria um acerto de contas. Horas depois, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) localizaram um suspeito. “Tudo indica que seja um acerto de contas”, disse um policial que participa das investigações.

No bairro Pedra 90, Esmael Conceição da Silva, de 30 anos, foi assassinado com várias facadas no olho e no tórax. Ele tentou correr, mas se enroscou numa cerca de arame e foi alcançado pelo assassino. O crime ocorreu durante a madrugada, mas o cadáver foi localizado no final da manhã.

PRESÍDIO - Anteontem à tarde, o detento Raimundo Ramos da Silva foi morto a golpes de chuço no raio 1 da Penitenciária Regional de Pascoal Ramos. O crime ocorreu no setor das celas de aço, onde estão os presos de alta periculosidade.

Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 14 horas e teria ligação com a disputa pelo poder entre várias facções existentes na penitenciária.

Para chegar até a vítima, dezenas de detentos fizeram refém o agente prisional Diogo Fernando de Carvalho e, com isso, conseguiram tomar as chaves das celas. Os mais de 90 presos foram saindo e cercaram Raimundo ainda no corredor.

Em seguida, acertaram 14 golpes de chuço (arma artesanal confeccionada com pedaços de metais) sendo nove nas costas, três no tórax e dois no braço. Não satisfeitos, os presos ainda arrebentaram a cabeça da vítima que teve afundamento de crânio. “O preso ainda foi agredido antes. Só depois é que acertaram as chuçadas”, disse um policial. O sistema prisional não revelou o crime e a sentença que Raimundo cumpria.




Fonte: Diário de Cuiabá

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