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Cidades/Geral
Sexta - 24 de Dezembro de 2004 às 09:45

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A dona de casa Noemia Moreira Barbosa Claro,53, é dessas pessoas que, se fosse analisar a própria vida, concluiria que não pode fazer pelos outros porque também precisa de ajuda. Ela não trabalha fora e o marido, o ex-garimpeiro Antônio Claro, 60, está doente, sem nenhum benefício previdenciário e sem emprego há anos. Os dois, segundo ela, vivem da ajuda das seis filhas.

Mas engana-se quem pensa que o casal vive a reclamar da vida ou isolado do mundo. Há cerca de oito anos dona Noemia é voluntária na Casa de Recuperação Lar Cristão, uma instituição evangélica filantrópica que usa a palavra de Deus no tratamento de dependentes químicos – álcool e drogas.

Lá, todas as terças-feiras, ela é a cozinheira da casa. Responsável pelo almoço e a limpeza da cozinha, auxiliada por outra voluntária, dona Noemia prepara refeições para 130, às vezes 140 pessoas que fazem tratamento em regime de internato.

Ontem, apesar de não estar na escala dos voluntários, Noemia auxiliava no preparo de bolos, pães e outros alimentos que serão servidos na ceia de hoje. Além de cozinheira, ela também é membro do conselho fiscal da instituição e freqüentemente atua como costureira na reforma dos uniformes dos internos.

Noemia diz que se sente bem servindo aos “irmãos em cristo”. “Sinto amor pelo que faço porque sei que estou sendo útil”, observou. Por mais simples que possa parecer o trabalho, ela diz que sabe que é importante e que por isso não assume outros compromissos no dia e horário marcados.




Fonte: Diário de Cuiabá

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