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Nacional
Domingo - 19 de Dezembro de 2004 às 14:00

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Peritos da Polícia Federal informaram ao governo que os documentos sigilosos da ditadura militar encontrados em Salvador não estavam arquivados na Base Aérea da capital, onde foram parcialmente queimados, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. Segundo a PF, os papéis foram trazidos de fora e introduzidos no local, não se sabe ainda por quem.

O acervo da Base de Salvador, que inclui documentos do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e do SNI (Serviço Nacional de Informações), é alvo de investigação depois que foi denunciada a queima de arquivos junto com a descoberta de um lote 78 arquivos referentes ao período entre 1964 e 1994. Os novos documentos estariam prontos para serem queimados.

A conclusão dos peritos da PF de que os documentos eram de fora e foram introduzidos na Base Aérea surgiu principalmente do confronto entre os papéis que foram salvos do incêndio com outros dos arquivos da Base, que está sendo vistoriada. Na vistoria, não teria sido encontrado nenhum local que pudesse ter abrigado os documentos e depois sido esvaziado recentemente sem deixar vestígios.

A Polícia Federal, que trabalha junto com o IPM (Inquérito Policial Militar) no caso, está comparando também os documentos parcialmente queimados e os que foram encontrados inteiros, a 70 metros. A informação da polícia alivia as suspeitas de que a queima de arquivo foi realizada pelos próprios oficiais da base.

Antes da descoberta dos documentos na Base Aérea de Salvador, a Aeronáutica garantia que não possuía documentos da ditadura. Os papéis, cerca de 30 toneladas, teriam sido queimados em um incêndio no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em 1998.




Fonte: Terra

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