Com fortes ingressos, dólar cede 1% e fecha a R$ 2,711

Favorecido por fortes ingressos de recursos de exportadoras, o dólar caiu 1,06% por cento nesta sexta-feira e encerrou a R$ 2,711.

"Continua tendo muita entrada, o Banco Central compra de forma homeopática, uma vez por dia, e o fato é que tem muito exportador no mercado", disse o gerente de câmbio de um grande banco estrangeiro.

Desde a semana passada, o Banco Central retomou os leilões de compra de dólares e, nesta manhã, a cotação aceita na operação foi de R$ 2,733. Segundo operadores, a autoridade monetária aceitou propostas do mercado.

Mesmo com os quatro leilões desta semana, o dólar caiu 2,34% em relação à sexta-feira passada - o que, segundo o gerente do banco estrangeiro, reforça os comentários de autoridades do BC de que as compras são para recompor reservas, e não estabelecer um piso para o dólar.

Quando o leilão desta sexta-feira foi anunciado, a divisa era cotada a R$ 2,733, mas com os ingressos na parte da tarde acentuou o declínio.

Segundo analistas, outro fator que favoreceu a alta do real foi o enfraquecimento do dólar frente ao euro na parte da tarde.

"O euro tinha caído bem ontem e hoje voltou a se recuperar frente ao dólar. Isso ajuda o mercado aqui", disse Marco Antônio Azevedo, gerente de câmbio do banco Brascan.

O dólar recuou em relação ao euro em meio a uma realização de lucros antes dos feriados de fim de ano.

Para Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, a aproximação do encerramento do ano, no entanto, não afetou o volume de negócios no mercado brasileiro durante a semana. "Está com movimento normal, o pessoal está se antecipando às últimas sessões do ano", disse Carvalho.

Operadores ponderam que o volume deve diminuir significativamente nos próximos dias, já que muitos investidores saem de férias devido ao Natal e ao Reveillon.