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Internacional
Quarta - 15 de Dezembro de 2004 às 07:16

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Cartum - O enviado da ONU ao Sudão, Jan Pronk, exortou as nações mais poderosas do mundo a usarem sua influência política para assegurar que o governo muçulmano e os guerrilheiros cristãos baseados no sul do país ponham fim a 21 anos de guerra civil até 31 de dezembro, conforme acordo firmado em Nairobi (Quênia) pelas partes envolvidas no conflito.

Pronk disso que as possibilidades de se obter a paz no prazo previsto “são boas”, embora nenhuma das partes tenha flexibilizado suas posições em assuntos como o tamanho dos respectivos exércitos, nem sobre a forma de financiamento das forças armadas do sul, durante o período de seis anos e meio até a realização de um referendo sobre a autonomia desta região. O enviado da Organização das Nações Unidas acrescentou que o Conselho de Segurança poderia aprovar, no início do próximo ano, resolução autorizando o envio de uma missão de paz da ONU ao Sudão, com efetivo de 10 mil homens.

Os conflitos no Sudão se concentram principalmente no sul do país, onde os rebeldes vêm lutando contra forças governamentais desde 1983, quando o governo da capital, Cartum, tentou impor as leis islâmicas (Sharia) ao restante do país, de maioria cristã. A Sharia causou a fuga de mais de 350 mil sudaneses para países vizinhos. Entre outras medidas, a lei determina a proibição de bebidas alcoólicas e punições por enforcamento ou mutilação.

Outra frente paralela de combate está no oeste, na região de Darfur, onde a violência iniciada dois anos atrás gerou uma crise humanitária sem precedentes. Setenta mil pessoas já morreram em conseqüência do conflito e 1,6 milhão estão desabrigadas. Maior país africano, o Sudão é o maior produtor de petróleo do continente.




Fonte: AE-AP

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