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Nacional
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 14:13

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu a vários dos principais dirigentes do PMDB por continuarem fiéis ao governo apesar de o partido ter deixado a base aliada, disseram hoje fontes políticas.

Lula se reuniu na segunda-feira com os principais líderes do PMDB no Congresso para agradecer sua lealdade, afirmou hoje o porta-voz do partido no Senado, Renan Calheiros, que participou do encontro.

Apesar da decisão do partido de abandonar a base do governo, os dois ministros, pelo menos 18 dos 23 senadores e aproximadamente 40 dos 76 deputados da legenda decidiram continuar apoiando o governo Lula.

Em caótica convenção realizada no domingo, o PMDB, uma das maiores forças eleitorais do país, dono da principal bancada do Senado e da segunda maior bancada da Câmara, decidiu abandonar a base governista, retirar o apoio ao governo no Congresso e lançar candidato próprio nas eleições presidenciais de 2006.

Além dos dois representantes do PMDB no gabinete, a maioria dos parlamentares do partido preferiu desconsiderar a Convenção, que a ala governista do partido considera ilegal e pretende anular mediante recurso judicial.

Para agradecer essa decisão, Lula reuniu-se com os peemedebistas fiéis ao governo no Palácio do Planalto e lhes disse que, em vez de negociar com o partido, continuará conversando diretamente com eles.

Essas negociações incluem a possibilidade de os dissidentes do PMDB contarem com um terceiro ministério em fevereiro, quando Lula deve completar uma reforma do Gabinete.

Participaram do encontro na noite desta segunda-feira, além de Calheiros, os ministros das Comunicações, Eunício Oliveira, e da Previdência Social, Amir Lando; o presidente do Congresso e ex-chefe de Estado José Sarney, e o porta-voz do PMDB na Câmara, deputado José Borba.

Os dois ministros do PMDB reiteraram que, a pedido de Lula, permanecerão nos cargos apesar da decisão do partido.

Os dirigentes peemedebistas que ainda apóiam ao governo disseram que não pretendem sair do partido, o que, segundo os analistas, mostra que a decisão de abandonar a base governista, mais do que uma derrota para Lula ou uma ameaça à governabilidade, só provocou um aprofundamento da crise interna da legenda.

O mesmo pode acontecer com o PPS, pequeno partido de centro-esquerda que, dividido, também anunciou no sábado sua decisão de abandonar a base do governo.

Vários dos principais dirigentes do PPS, entre eles o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, expressaram sua intenção de abandonar a legenda e aderir a partidos fiéis ao governo.




Fonte: Agência EFE

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