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Politica Brasil
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 07:11

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Mato Grosso foi um dos cinco estados do país que se ausentou da convenção nacional do PMDB. Comandado pelo governista, Carlos Bezerra, presidente estadual da legenda, a recomendação aos convencionais foi a de não comparecer ao encontro, que decidiu pelo desligamento da base de sustentação do governo Federal.

Também presidente nacional do INSS, o ex-senador mato-grossense é contrário ao afastamento da legenda. O Estado tem direito a 11 votos, a maioria do próprio dirigente da legenda em Mato Grosso e a da sua esposa, deputada federal Teté Bezerra.

Depois da convenção nacional optar pelo desligamento da base de sustentação do governo Lula, a direção do partido no Estado informou ontem, por meio da assessoria, que o Diretório Regional vai aguardar a decisão da justiça para se posicionar. Os contrários à permanência da aliança com Lula conseguiram realizar a convenção, marcada também por uma disputa de liminares entre os dois grupos.

Segundo a nota divulgada pelo Diretório Regional, qualquer posicionamento da legenda será feito “depois que o Superior Tribunal de Justiça se posicionar, vamos nos reunir e tomar uma posição em bloco”, avisou o presidente regional.

Segundo a Folha de São Paulo, estavam presentes 396 convencionais, dos quais 368 optaram por se afastar da base governista. Também decidiu pela entrega dos cargos do governo federal ocupados pelos peemedebistas. A resistência promete perdurar até o recurso da ala governista ser julgado na instância superior da Justiça.

Segundo ainda o jornal, dos 27 diretórios regionais do país - 26 Estados mais o Distrito Federal -, apenas cinco não mandaram representantes, os comandados por governistas: Alagoas (Renan Calheiros), Paraíba (Ney Suassuna), Mato Grosso (Carlos Bezerra), Rondônia (Amir Lando) e Rio Grande do Norte (Henrique Eduardo Alves).

Conforme a direção do partido no Estado, “a tendência é a de que os que defendem a tese de que PMDB tem a responsabilidade de manter a governabilidade do país adotem decisões conjuntas. Esse bloco é composto hoje por 20 dos 23 senadores do PMDB, além de cerca de 50 dos 76 deputados federais do partido. Há perspectiva de que pelo menos 90% dos 1.058 prefeitos peemedebistas eleitos no último dia 3 de outubro também integrem o bloco”.

Para o Diretório Regional, “a ala peemedebista que defende a continuidade do partido no governo, porém, considera ‘nulo’ o resultado da convenção. Não há ainda decisão partidária. Primeiro pela ilegalidade da convenção, segundo, pela falta de legitimidade da própria constituição que teve um número muito grande de suplentes".




Fonte: Diário de Cuiabá

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