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Politica Brasil
Segunda - 13 de Dezembro de 2004 às 11:51
Por: Severino Motta

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O diretório nacional do PPS aprovou neste sábado o desligamento do partido da base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a entrega dos cargos e independência nas votações. O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que faz parte da agremiação, não participou da reunião do diretório, por isso entra em contato hoje com o presidente nacional da sigla, Roberto Freire, para obter informações sobre o desligamento da base governista e iniciar conversações sobre seu futuro político no partido.

O governador Maggi explicou que não pôde ir à reunião e ainda não tem conhecimento das discussões realizadas. “Não pude ir lá oficialmente, então, não sei o que decidiram, mas amanhã [hoje] estarei conversando com o presidente do partido, Roberto Freire, para saber o que foi decidido e volto a conversar com você”, disse o governador à reportagem. No dia da reunião da direção nacional de seu partido, Maggi estava em Rondonópolis, na diplomação do prefeito eleito Adilton Sachetti (PPS).

No encontro do diretório nacional do PPS, os integrantes acataram a proposta do presidente nacional da sigla, deputado Roberto Freire (PE). O dirigente nega que o partido queira fazer parte de um bloco da oposição, mas critica o governo Lula, classificando-o de conservador e continuísta. Com a decisão, Maggi terá de avaliar se continua no PPS, mas ainda apoiando o governo Lula, se fica oficialmente na posição de “independência”, que é a defendida por Freire, ou ainda se sai do partido para alguma sigla da base de sustentação.

Reunião - O líder do partido na Câmara dos Deputados, Júlio Delgado (MG), criticou a decisão do desligamento da base de sustentação. "Nunca um governo neste país foi tão competente no combate à corrupção, como mostra a ação da Polícia Federal em vários segmentos, atingindo de políticos a juízes. "Ele negou que a bancada tenha feito nomeações para cargos públicos no atual governo e rebateu as afirmações de Roberto Freire de que o partido perdeu sua independência ao permanecer na base aliada.

"Nossa independência é tão consistente e tão forte que em Minas Gerais nos coligamos com o PT e em Goiás com o PSDB. E quem não torceu pelas vitórias do José Fogaça e do Bernardo de Souza, contra o governo, em Porto Alegre e em Pelotas? A força e a união do nosso partido está na independência e na unidade de nossas posições regionais."

A prefeita de Boa Vista (RR), Teresa Jucá, afirmou que o afastamento do partido da base pode fortalecê-lo, mesmo que a decisão provoque alguma represália por parte do governo federal. "Faço a opção para que o partido parta para a liberdade. Assim, vamos nos fortalecer e conquistaremos respeito", disse.




Fonte: Folha do Estado

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