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Cidades/Geral
Sexta - 10 de Dezembro de 2004 às 14:17

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Detentor do maior spread bancário do mundo, o Brasil é também um dos países que mais gasta com o pagamento de juros. Em 2003, empresas privadas e pessoas físicas comprometeram R$ 118,7 bilhões para essa finalidade. Desse total, R$ 73 bilhões referem-se à diferença cobrada pelas instituições bancárias para garantir o lucro e cobrir custos operacionais, impostos e inadimplência. Este último componente responde por 23% do spread no Brasil, segundo estudo do Banco Central em conjunto com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Reduzir a inadimplência e o fator risco constitui, portanto, um fator essencial para a diminuição do spread. Conseqüentemente, isso traria um benefício direto na composição das taxas cobradas em empréstimos concedidos no varejo, tanto para empresas quanto para pessoas físicas. Para tornar possível essa redução, o consultor Luiz Eduardo Benicchio confia no surgimento em larga escala de novas ferramentas tecnológicas para recuperação de crédito.

Sistemas especializados garantem a automação do processo de cobrança, auxiliando negociações e acordos com os devedores. A SysOpen, software house com dez anos no mercado, é pioneira na informatização dos processos de cobrança e desenvolveu o SysRec, que pode ser implantado na própria empresa ou em terceirizadas dedicadas a essa atividade (como as de cobrança e call-center). “Sem atuação efetiva, o índice de recuperação raramente ultrapassa os 65%. Esse número pode subir para até 90% com ações bem coordenadas”, garante Benicchio.

O SysRec controla e automatiza todos os processos referentes à recuperação dos ativos, desde o contato com os devedores até a renegociação das dívidas. Além de consolidar os débitos e permitir todo tipo de acordo, o software possibilita os processos de negativação e reabilitação no Serasa e SCPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Ao elevar o indicador de quitação dos débitos, a tendência é a queda do fator de risco e na margem para definição do spread.

A medida é vista com bons olhos pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que entende os juros elevados embutidos no custo do capital como preocupação coletiva. A entidade vem tomando uma série de medidas para garantir a melhor compreensão do spread bancário e prega iniciativas no sentido de reduzi-lo.




Fonte: Da Assessoria

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