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Politica Brasil
Sexta - 10 de Dezembro de 2004 às 11:25

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje em seu discurso na abertura da última reunião ministerial do ano que está na hora do Brasil crescer. Em um balanço de seu governo, ele citou os bons números da economia este ano e disse que os brasileiros merecem viver este período. "Que não se confunda paciência com passividade. Somos um povo forte que só precisava de uma circunstância histórica", disse. "Esta é a hora do crescimento e da criação de emprego. É hora da colheita do muito que plantamos", disse.

Lula afirmou ainda que mesmo diante dos bons resultados o trabalho ainda é muito longo. "Este País tem de crescer e crescer muito para reverter o sucateamento gerado por decisões passadas", afirmou.

De acordo com ele, os números da economia, os bons resultados na área social e o reconhecimento internacional de seu governo servem para mostrar que aqueles que desacreditavam uma administração petista estavam errados. "Há dois anos era grande a percepção do tamanho do desafio que tínhamos pela frente, mas mesmo nos momentos mais difíceis nós não nos deixamos abater e aqui estamos", afirmou.

Ele também lembrou a reunião com 65 chefes de Estado em Nova Iorque (EUA), em setembro, quando se discutiu mecanismos de financiamento para ações de combate à fome e à pobreza no mundo. "Essa boa iniciativa transpõe para o plano internacional aquela que tem sido a obsessão de meu governo: atacar a fome, a pobreza e a exclusão social", disse o presidente, ressaltando que os objetivos do programa "só serão atingidos por intermédio de políticas consistentes e sustentáveis de desenvolvimento".

Para Lula, iniciativas como o programa Fome Zero têm papel fundamental para atenuar a crise social que o país vive. "Elas contribuem para a aceleração do crescimento econômico com distribuição de renda e não podem ser assim confundidas com medidas compensatórias e apenas filantrópicas". O presidente assinalou que, para garantir o êxito do Fome Zero, são essenciais as ações de apoio à agricultura familiar. "Fizemos grandes progressos, duplicamos os recursos utilizados pelos governos precedentes e isso tem forte impacto econômico, mas sobretudo social".

Lula destacou ainda o programa Bolsa Família que beneficia hoje 3,5 milhões de famílias "com remuneração três vezes maior do que no passado". Na avaliação do presidente, com o programa foi dada "maior eficiência a esta polícia social e se dinamizou a economia". Para corrigir eventuais desacertos na condução do programa, Lula afirmou que "o próprio governo está zelando para que os problemas que o Bolsa Família teve em sua implementação sejam corrigidos de forma exemplar, com transparência, competência administrativa e espírito republicano".

O combate à desigualdade social foi outro ponto registrado pelo presidente Lula. "Ele está presente também nas principais iniciativas do ministério da Saúde como o Médico de Família, a Saúde Bucal ou as Farmácias Populares e nos rigorosos programas de saneamento básico para enfrentar o abandono a que foram relegadas as grandes e médias cidades brasileiras".

Reunião A reunião acontece na residência oficial do Torto e conta com a presença dos 36 ministros de Estado, além dos líderes do Governo na Câmara e no Senado. O objetivo do encontro é fazer um balanço das atividades de 2004 e definir as prioridades para 2005.

Após o discurso de abertura de Lula, os ministros apresentarão os temas em seis grupos, na seguinte ordem: social 1, social 2, desenvolvimento, relações exteriores e defesa, coordenação política e social e meio ambiente e infra-estrutura.

Ao final da reunião, previsto para as 17h, os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, da Coordenação Política, Aldo Rebelo, e o secretário geral da Presidência, Luiz Dulci, farão uma análise estrutural do governo. Palocci falará sobre macroeconomia, Rebelo, sobre coordenação política e Dulci sobre relações com a sociedade.




Fonte: Terra

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