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Economia
Quinta - 09 de Dezembro de 2004 às 17:09

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Os partidos políticos são vistos como as instituições mais corruptas da sociedade, de acordo com levantamento da ONG Transparência Internacional.

Depois vêm os Parlamentos, a polícia e o Poder Judiciário, conforme pesquisa feita com 50 mil pessoas em 64 países.

Em uma escala de 1 (nada corrupto) a 5 (extremamente corrupto), os partidos ficaram com uma média de 4, contra 3,7 dos Parlamentos e 3,6 da polícia e do Judiciário.



A pesquisa foi lançada no primeiro Dia Internacional da ONU contra a Corrupção, data que marca um ano da assinatura, por 114 países, da convenção da entidade sobre o combate ao fenômeno.

Dados do Banco Mundial realçados pela ONU para marcar a data indicam que US$ 1 trilhão são pagos a cada ano em propinas nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Programa

A ONU afirma que a Convenção contra a Corrupção é o primeiro acordo com força legal assinado a nível global sobre o assunto.

Para marcar o Dia Internacional contra a Corrupção, a Transparência prometeu promover uma série de iniciativas para pressionar os governos e Parlamentos de todo o mundo para que ratifiquem a convenção.

Até o momento, apenas 13 ratificaram o documento – são necessários 30 para que ele comece a vigorar.

Por sua vez, a ONU aproveitou a data para lançar um programa que vai ajudar os governos do Quênia e da Nigéria a recuperar dinheiro desviado por autoridades corruptas.

Estima-se que US$ 7,7 bilhões foram desviados por integrantes do serviço público na Nigéria durante os anos 1990, enquanto no Quênia o prejuízo causado pela corrupção chegaria a US$ 3 bilhões.

Imagem ruim

Na pesquisa da Transparência Internacional, os partidos políticos foram apontados como as instituições mais corruptas em 60% dos países pesquisados.

As piores avaliações foram observadas no Equador, Argentina, Índia e Peru.

Um quinto dos respondentes disse que já se deparou com altos graus de corrupção em suas vidas pessoais, e outros 46% viram níveis pequenos ou moderados do problema.

Um terço disse que é grande o contato com corrupção em seus trabalhos, e apenas 13% disseram que não observaram indícios de corrupção nos ambientes profissionais.

O impacto da corrupção no dia-a-dia das pessoas pesquisadas é considerado muito pequeno na maior parte dos países do Primeiro Mundo, mas o contrário acontece entre os países em desenvolvimento.

O ranking Os escores Partidos políticos: 4,0 Parlamentos: 3,7 Polícia: 3,6 Judiciário: 3,6 Fiscais: 3,4 Empresas privadas: 3,4 Alfândega: 3,3 Mídia: 3,3 Sistemas de saúde: 3,3 Sistemas de educação: 3,1 Registro civil: 3,0 Empresas de serviços: 3,0 Forças Armadas: 2,9 ONGs: 2,8 Órgãos religiosos: 2,7 Ranking de 1 a 5 (extremamente corrupto). Fonte: Anistia Internacional




Fonte: BBC Brasil

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