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Politica Brasil
Quinta - 09 de Dezembro de 2004 às 14:42
Por: abr

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Foi adiada para próxima terça-feira (14) a apresentação do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado. A apresentação do relatório estava prevista para hoje (9), mas não pôde ser realizada porque não houve tempo suficiente para que a gráfica do legislativo imprimisse as cópias das mais de 600 páginas que compõem o relatório do deputado José Mentor (PT-SP).

O presidente da CPMI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), chegou a abrir a sessão, mas ela foi encerrada minutos depois sem a presença do relator, que justificou a ausência em uma conversa com Antero Paes de Barros por telefone. Mentor lamentou o atraso e disse que usou as últimas 48 horas para produzir o relatório.

O relator afirmou que concluiu somente às 7 horas desta quinta-feira (9) o relatório e que, por isso, não houve tempo para imprimir as cópias. Mentor negou ter recebido qualquer pressão para modificar suas conclusões.

O adiamento deve modificar o calendário de trabalhos da comissão, cujo cronograma previa a votação do relatório final no dia 15 de dezembro. De acordo com Antero, após a apresentação do relatório, senadores e deputados teriam o prazo de cinco sessões para apresentar emendas. Agora, o presidente da CMPI pretende negociar a redução do prazo para que o relatório seja votado na próxima quinta-feira (16). Antero pretende entregar, no máximo, até amanhã as cópias do relatório aos parlamentares. "O prazo será o necessário para que os parlamentares tenham tempo de influir na formulação do relatório", declarou.

O senador Heráclito Fortes (PFL-PI), no entanto, afirmou que o PFL não assume nenhum compromisso de redução de prazos. "Ninguém pode assumir o compromisso de analisar mais de 600 páginas em três dias. Temos que encontrar uma maneira para que ele seja entre hoje e amanhã", disse.

Para a líder do PT no senado, Ideli Salvatti (SC), é possível votar o relatório até o dia 22, se for mantida a decisão de prorrogar os trabalhos do Congresso Nacional, cujo recesso parlamentar teria início em 15 de dezembro.

A CMPI do Banestado realizou 22 meses de investigações sobre a remessa ilegal de 30 bilhões de dólares para o exterior, por meio de contas CC5. Os recursos saíram da agência do Banestado em Foz do Iguaçu, no Paraná.




Fonte: Olhar Direto

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