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Internacional
Quinta - 09 de Dezembro de 2004 às 11:22

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Ao menos três civis morreram em um ataque à Embaixada italiana e a um posto da Guarda Nacional Iraquiana, nesta quinta-feira, na capital Bagdá. Outras cinco pessoas ficaram feridas.

Insurgentes lançaram morteiros contra a embaixada e o posto policial que ficam no bairro de Waziriyah, em Bagdá. O policial Hussein Ali confirmou o número de mortos.

"Eu ouvi a explosão e fui ver o que aconteceu. Outro morteiro foi lançado, então, em minha direção", disse Bassem Mal allah, que sobreviveu ao ataque.

Os rebeldes também intensificaram os ataques em cidades ao norte do Iraque, aumentando o clima de insegurança no país.

Com a intensificação dos combates, muitos civis morreram no Iraque nas mãos dos rebeldes, que têm como alvos as forças de segurança iraquinas, consideradas aliadas dos Estados Unidos, e civis que trabalham para as forças de coalizão.

Soldados americanos ontem fizeram críticas à falta de segurança das tropas no Iraque, e a duração da missão dos soldados no país, durante a visita do secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld.

Mossul

Os ataques também continuam em Mossul [360 km ao norte de Bagdá] e em Samarra [100 km ao norte] nesta quinta-feira.

Em Mossul, um carro-bomba explodiu às 11h35 [06h35 no horário de Brasília], na parte leste da cidade. Segundo o policial Hassan Ahmed, a explosão teria acontecido dentro de uma feira. Algumas pessoas ficaram feridas e não há informações sobre mortos.

Ontem quatro supostos rebeldes foram mortos em Mossul, por conta de confrontos armados com a polícia.

Forças da coalizão não conseguem mais manter a segurança em Mossul, terceira maior cidade do país. Rebeldes intensificaram os ataques desde o mês passado, atingindo principalmente as delegacias. Muitos policiais fugiram do local.

Nas últimas semanas, mais de 60 corpos foram encontrados na cidade. Acredita-se que a maioria deles pertença a membros das forças de segurança iraquianas.

Samarra

Insurgentes fizeram uma série de ataques contra o soldados americanos e iraquianos em Samarra [100 km ao norte] de Bagdá. As ações de ontem deixaram cinco mortos e muitos feridos. Um soldado americano foi levemente ferido em uma bomba que explodiu na estrada.

O chefe de polícia de Samarra, major-general Talib Shamel al Samarrai, pediu demissão ontem, afirmando que era incapaz de fazer o seu trabalho.

As demissões solicitadas pelos oficiais do alto escalão da polícia e do comando das forças de segurança iraquianas, e o abandono das tropas e ataques em postos policiais, aumentaram as preocupações sobre a realização da eleição presidencial, em 30 de janeiro.

O clima de insegurança poderia atrasar o pleito, o que vem sendo evitado por autoridades iraquianas e americanas.

Soldados

Segundo a agência de notícias Associated Press, o número de soldados americanos mortos no Iraque pode chegar a 1.281, enquanto que estimativas não-oficiais dizem que entre 13 mil e 30 mil iraquianos morreram, desde a invasão do Iraque, em março de 2003.

O governo do Japão aprovou nesta quinta-feira o plano de manter 550 soldados ao sul do Iraque por mais um ano. A missão dos soldados japoneses é cuidar da purificação de água e de outros projetos que envolvem a reconstrução do país.

Antes da aprovação do plano, as tropas japonesas sairiam do país em 14 de dezembro.

O presidente coreano, Roh Moo-hyun fez uma visita-surpresa ontem aos soldados do país que estão na cidade de Irbil. O Parlamento sul-coreano aprovou uma proposta para aumentar o número de soldados no Iraque para 3.600, durante o próximo ano. O plano ainda precisa ser aprovado em Assembléia Nacional, o que deve acontecer nesta quinta-feira.




Fonte: Olhar Direto

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