Papa condena atentados contra igrejas e pede paz para iraquianos

O Papa João Paulo II condenou nesta quarta-feira os ataques contra igrejas cristãs perpetrados em Mossul, no Iraque, e fez um apelo para que o povo iraquiano possa alcançar um tempo de reconciliação e de paz.

As declarações foram feitas na presença de milhares de pessoas reunidas sob uma forte chuva na praça de São Pedro do Vaticano para a oração do ângelus.

"Ontem em Mossul, no Iraque, foram destruídas uma igreja armênia católica e o arcebispado caldeu. Expresso minha proximidade espiritual aos fiéis, assolados pelos atentados, e suplico ao Senhor pela intercessão da Virgem Imaculada para que o querido povo iraquiano possa finalmente conhecer um tempo de reconciliação e de paz", afirmou.

Em ocasiões anteriores, João Paulo II já havia condenado as agressões contra os cristãos iraquianos, aos quais sempre expressou sua solidariedade e pediu colaboração em prol da paz e da reconciliação do Iraque.

Os cristãos no Iraque somam cerca de 800 mil pessoas, quase 3% da população. Os católicos caldeus são a maioria, quase 70% desses 800 mil. A sede do Patriarcado Caldeu fica em Bagdá, onde vive a comunidade mais numerosa (350 mil dos quase 600 mil católicos caldeus iraquianos).

A Igreja Caldéia se dedica sobretudo à educação e à assistência das famílias pobres, sejam cristãs ou muçulmanas.