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Cidades/Geral
Quarta - 08 de Dezembro de 2004 às 10:03
Por: Alecy Alves

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O promotor da Cidadania e do Consumidor, Edmilson da Costa Pereira, já instaurou inquérito administrativo e pediu nova vistoria na UTI adulto do Pronto-Socorro e Hospital Municipal de Cuiabá, onde no último domingo três pacientes morreram depois de uma pane que interrompeu o fornecimento de energia elétrica no setor por pouco mais de 30 minutos.

Em visita feita ao hospital na manhã de ontem, Edmilson Pereira disse que foi informado pela diretoria que uma falha em um dos disjuntores seria a responsável pela queda de energia na UTI. No inquérito o promotor vai apurar se essa informação preliminar procede, por que aconteceu e a causa da demora no restabelecimento da energia.

No roteiro de investigações traçado pelo promotor está, ainda, descobrir se a nova rede elétrica da UTI é compatível à introdução de novos equipamentos no setor. “Estamos apurando mortes ocorridas em uma UTI que foi reformada há pouco mais de 30 dias”, observou Edmilson Pereira.

Ele diz que vai investigar também se o setor dispõe de um sistema de operação emergencial diferenciado ou se há como buscar energia em algum ponto próximo, quanto custou a obra e o nome do engenheiro responsável. À direção do PSHMC, ele está requerendo cópia do contrato firmado com a construtora.

No início da tarde, Pereira enviou ofício à coordenadora da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), Eliane Heloisa Nunes, Pereira pedindo uma averiguação técnica na área reformada da UTI para verificar se as obras executadas respeitam as normas de segurança.

Eliane disse que uma nova vistoria já está programada, mas reclamou que a FPI ainda aguarda documentação solicitada na visita anterior, ocorrida em setembro deste ano. Conforme a coordenadora, a direção do PSHMC não forneceu a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) dos equipamentos instalados na UTI, que na época estava em reforma. Além disso, não atendeu ao ofício que pedia esclarecimentos sobre as UTIs neonatal, pediátrica e adulto que mesmo com todos os equipamentos não estavam funcionando.

Eliane Nunes explicou que buscavam respostas aos questionamentos feitos por pacientes e familiares que reclamaram da demora no atendimento aos representantes do Ministério da Saúde, Procon e Conselho de Serviço Social que integravam a equipe de vistoria técnica.

No novo boletim sobre a sindicância instaurada no PSMC, a superintendência rebateu a informação de que o hospital não possui engenheiro eletricista no quadro de funcionários. José Luiz Castro Rangel seria o responsável pelo setor, mas se encontra em férias desde o dia primeiro deste mês. Para fazer uma perícia na rede elétrica, diz o boletim, um outro profissional foi contratado com o compromisso de começar os trabalhos hoje.

Para tentar esclarecer a causa das três mortes, a comissão sindicante convocou para depor 12 funcionários que estavam de plantão no domingo. Desses, cinco são enfermeiros, cinco médicos e dois do setor de manutenção




Fonte: Diário de Cuiabá

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