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Economia
Quarta - 08 de Dezembro de 2004 às 09:58
Por: Valéria Cristina da Silva

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Mato Grosso foi o Estado brasileiro que mais cresceu no ano de 2002, atingindo um índice de 9,5%, enquanto que a média nacional ficou em 1,9%. E o carro-chefe desse crescimento continua sendo o agronegócio, que registrou taxa de 18%, representando 29,8% de toda a riqueza gerada no Estado naquele ano, o chamado Produto Interno Bruto (PIB). Em valores, o PIB mato-grossense foi de R$ 17,8 bilhões e a sua participação no PIB nacional, que era de 1,21% passou para 1,33%. "A participação ainda representa pouco no bolo, mas o Estado é o que mais cresceu. Vamos torcer para que continue assim", disse ontem o secretário de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, Yenes Magalhães, ao divulgar os dados oficiais do PIB regional.

Conforme o secretário, é comum dizer que Mato Grosso cresce a taxas superiores às do país, mas agora isso é oficial. Os 9,5% de crescimento superaram inclusive as projeções do governo estadual, que esperava um índice de 8%. O percentual, de acordo com Magalhães significa estabilidade e garantia de mais investimentos no Estado. Além disso, serve de base para brigar junto à União para aumento no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), por exemplo.

Um contra-senso citado pelo secretário é o fato de que, apesar de Mato Grosso ser o que mais cresce é o 24º a receber recursos do governo federal. "Este ano mesmo vamos pagar cerca de R$ 520 milhões da dívida com a União e somente devemos ter retorno de R$ 250 milhões", frisa.

Com o aumento do PIB, automaticamente aumentou também a renda per capita do mato-grossense, que passou de R$ 5,6 mil em 2001 para R$ 6,7 mil em 2002. Mas o 12º lugar no ranking nacional foi mantido.

O agronegócio chegou a movimentar no ano de 2002 R$ 9,8 bilhões. O setor ainda acumulou no período compreendido entre 1994 e 2002 a maior taxa de crescimento do Brasil, com 182,04%. Para o secretário Planejamento, os números dizem que Mato Grosso tem que investir mais na agroindústria, fechando cadeias produtivas.

Ele destaca que a primeira cadeia produtiva a ser fechada no Estado em sua totalidade é a do algodão, tendo como último passo a instalação em território mato-grossense da indústria têxtil. "Agora temos que partir para outras cadeias", frisa.

Na agricultura, segundo os dados divulgados pela Seplan e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que mais influenciou o crescimento foi o acréscimo de 23% na produção de soja (produto de maior importância).




Fonte: A Gazeta

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