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Economia
Segunda - 06 de Dezembro de 2004 às 13:04

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Preço em baixa, custos autos, excesso de oferta e dificuldades para exportação são motivos de sobra para que a safra 2004/2005 não seja maior do que a safra passada. Os produtores estão cautelosos e a área nesta safra em Sorriso não deve ir além do que foi plantado na safra 2003/2004. A previsão é do próprio presidente do Scoton (Associação dos Produtores de Algodão de Sorriso), Augusto Áscoli, que também é presidente do núcleo norte da Ampa (Associação dos Produtores de Algodão de Mato Grosso).

O município é um dos maiores produtores do Nortão que na safra passada cultivou uma área de 22 mil hectares, boa parte dos 60 mil hectares que abrange a região que vai do posto Gil até Sinop e Porto dos Gaúchos. “Quem tem investimentos na cotonicultura deve plantar nesta safra e quem não tem não deverá plantar”, acredita. “O quadro mercadológico não favorece para que o produtor invista no algodão, por isso a área não será maior este ano”, observou.

Para ele o produtor que não vendeu o produto antecipadamente não deve arriscar. “Se não tem venda antecipada o conselho é para que não plante, pois o mercado não oferece boas perspectivas”, alertou. “É melhor evitar investimentos para depois não ficar no prejuízo, não consiga vender o algodão ou consiga um preço muito baixo”, justificou.

Augusto disse que hoje o produtor gasta em média UU$ 15 por arroba em pluma, enquanto que no mercado o valor de mercado está em média UU$ 13. Um prejuízo de UU$ 2 por arroba em pluma. “Nesta situação o produtor só deve plantar algodão se não tiver outro meio de sobrevivência, pois caso contrário é melhor não plantar a cultura”, frisou.

Na safra passada o país produziu 1,250 milhão de toneladas de algodão, 450 mil toneladas a mais do que o consumo interno que é de cerca de 800 mil toneladas. Para essa safra a previsão é de uma produção de 1,3 milhão de toneladas em todo o país podendo agravar ainda mais os estoques internos e aumentar a sobra nos armazéns. Este ano dos 450 mil toneladas a serem exportadas, 180 mil ainda estão encalhadas à espera de exportação. Um problema que agrava ainda mais a situação.




Fonte: 24 Horas News

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