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Cidades/Geral
Segunda - 06 de Dezembro de 2004 às 11:47

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O Grupo Votorantin anunciou durante o workshop "RPPN - Conservação e Políticas Públicas", realizado nos dias 26 e 27 de novembro no auditório do Colibri Palace Hotel, em Tangará da Serra, a desistência da construção de uma usina hidrelétrica no Salto das Nuvens, o principal ponto turístico do município e uma das grandes atrações do Rio Sepotuba, importante tributário da bacia do Pantanal.

De acordo o representante do Grupo Votorantin, Vágner Teixeira, a área que seria destinada ao complexo de geração de energia será transformada numa Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN.

A notícia foi recebida com entusiasmo pelo grupo de ambientalistas e defensores da criação de reservas naturais presentes no evento realizado no Colibri Palace Hotel. "Estamos assegurando a preservação integral de uma área de grande atração turística e de grande importância ambiental", observou o consultor agronômico Décio Elói Siebert, um dos organizadores do workshop e entusiasta das RPPNs. O projeto para a criação da reserva, segundo Siebert, já foi protocolado pelo Grupo Votorantin junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente FEMA.

Com a RPPN do Votorantin, Tangará da Serra aumentará o seu número de reservas criadas pela iniciativa privada. O Grupo Carrefour, na Fazenda São Marcelo, já criou uma RPPN superior a 1.000 hectares. Há mais uma RPPN em fase de criação nas proximidades de Deciolândia e uma outra em fase de legalização pelo Grupo Sammelo, com quase 10 mil hectares, na Fazenda Sudamata.

PROJETO ARQUIVADO - O projeto da UHE Salto das Nuvens vinha sendo discutido desde o início de 2001, quando o Votorantin anunciou a aquisição de uma área anexa ao balneário para um investimento de R$ 27 milhões. Porém, ainda em 2001, os investidores não conseguiram convencer a FEMA, durante audiência pública. O Relatório de Impacto Ambiental RIMA - apresentado pela empresa também não foi aceito, apesar do anúncio de um plano sistemático de proteção periférica do reservatório. O lago, segundo o projeto, teria uma área de 100 metros de preservação e reflorestamento em suas margens. No período de seca, porém, a vazão da queda d´água da cachoeira diminuiria sensivelmente.

A construção da usina foi concebida pelo Grupo Votorantin dentro do contexto do plano de aumento da produção energética do governo federal e teria como principal objetivo assegurar energia para uma das unidades da Cimentos Itaú, localizada em Nobres. A represa do complexo ocuparia uma área de 23 hectares, 200 metros acima da cachoeira. O canal adutor desaguaria a cerca de 150 metros da queda, numa casa de máquinas dotada de duas turbinas com capacidade de 20 MW de potência instalada.




Fonte: Diário da Serra

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