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Economia
Sexta - 03 de Dezembro de 2004 às 10:29
Por: MARIANNA PERES

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A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) está colocando em prática as ações traçadas no último dia 11 de novembro, quando trouxe para discussão os problemas que o setor enfrenta para safra 04/05, marcada pela majoração dos insumos e do custo de produção e as reduções do câmbio e da estabilização das cotações em patamares históricos no cenário internacional. Além da mobilização dos sojicultores estaduais para formação de uma associação que trate especificamente da cultura, os agendamentos das reuniões com associações que representam os vários segmentos dos insumos agrícolas estão sendo feitos e devem ser realizados em 15 dias.

Um das primeiras ações será iniciada na próxima quinta-feira, dia 9 e com término no dia 16, quando a Famato e produtores estarão percorrendo 15 municípios estaduais, divulgando e mobilizando a classe para a fundação da Associação Mato-grossense dos Produtores de Soja, uma das propostas acolhidas durante a reunião e exposta no texto da "Carta de MT".

A iniciativa é pioneira no País, e chama a atenção para o problema que soja brasileira vai enfrentar no próximo ano. O Estado é maior produtor nacional da oleaginosa, 14,9 milhões de toneladas na safra passada.

"O desequilíbrio entre receita e despesa deixa, desde já implícito, que teremos problemas de liquidez. A carta contextualiza a situação e aponta soluções passíveis de serem tomadas. Em momento algum estamos querendo transferir para a sociedade este ônus, como muitos têm propalado, e sim, por meio deste texto e de ações práticas, resolver a questão que pesa entre o setor produtivo", assevera o secretário de Desenvolvimento Rural e presidente da Famato, Homero Pereira.

O desequilíbrio entre receita e despesa para esta safra de soja em Mato Grosso é de R$ 1,5 bilhão, cerca de 8,5% do prejuízo de R$ 17,5 bilhões que o sojicultores brasileiros contabilizarão em 2005. Pelo plantio de cada hectare estadual, o produtor, em função da alta de cerca de 30% no valor dos insumos, vai estar desembolsando US$ 98, diferença entre preços de comercialização e custo de produção (fixos e variáveis).

As reuniões têm o objetivo de criar a associação, disseminar os propósitos, cadastrar os produtores e eleger os diretores regionais. Fazem parte da diretoria estadual da Associação, Rui Prado, vice-presidente da Famato, o ex-governador e produtor, Rogério Salles, um dos maiores sojicultores de Mato Grosso, Eraí Maggi, o presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste, José Nardes, ex-secretário de Estado de Agricultura, Otávio Palmeira e agroempresário de grãos, fibras e suínos, e atual prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta.




Fonte: Diário de Cuiabá

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