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Internacional
Quinta - 02 de Dezembro de 2004 às 11:35

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Mais de mil pessoas foram mortas ou estão desaparecidas após os deslizamentos e enchentes atingirem três cidades costeiras no leste das Filipinas devido a uma tempestade tropial, informou um porta-voz militar. Um tufão se aproxima hoje da mesma região.

"Baseados nos relatórios de nossos soldados em campo, listamos 479 mortos e 560 desaparecidos em três cidades da Província de Quezon", informou o tenente-coronel Buenaventura Pascual. Os moradores dessas cidades buscavam abrigo em regiões mais altas para escapar de um violento tufão que promete castigar a área.

O tufão Nanmadol ganhou força e os ventos chegam a 185 km/h. Em vista das condições climáticas ruins e do bloqueio de várias estradas, autoridades filipinas da área de combate a desastres disseram não poder fazer muito para proteger as milhares de pessoas cujas casas foram destruídas nas enchentes desta semana.

"Estamos muito preocupados e não sabemos como podemos evitar mais vítimas nessas regiões", disse a ministra do Bem-Estar Social do país, Corazon Soliman. "Se as pessoas sobem as encostas das montanhas, deparam-se com um terreno que ameaça desabar. Se buscam abrigo nas áreas mais baixas, podem ser atingidas pelas águas ou por deslizamentos de terra", alertou.

Empresas aéreas cancelaram vários vôos domésticos e internacionais e milhares de pessoas estão presas em portos do país depois de os serviços de balsa terem suspendido suas atividades. Escolas, agências do governo e o mercado de câmbio de Manila fecharam mais cedo.

Centenas de pessoas da cidade de Real avançavam em meio a uma espessa camada de lama para tentar atingir terrenos mais altos antes da chegada do tufão. Grandes áreas de Real e de duas cidades próximas, habitadas majoritariamente por pescadores e agricultores, estavam soterradas sob uma grossa camada de lama escura.

A extração ilegal de madeira foi apontada como um dos fatores que contribuíram para aumentar as proporções do desastre em cidades costeiras devastadas por uma torrente de lama e troncos de árvores em meio a fortes chuvas. O governo disse que não conseguiria enfrentar sozinho o desastre e pediu por ajuda internacional.




Fonte: Reuters

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