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Polícia Brasil
Quarta - 01 de Dezembro de 2004 às 03:24
Por: Gleid Moreira

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Uma cambista de jogo do bicho e um apostador foram detidos na tarde de ontem, por policiais do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) nas imediações do estádio Verdão, num momento em que faziam uma aposta. Apesar da contravenção, os dois prestaram esclarecimentos à Polícia e seriam liberados ontem, pois segundo o delegado Luciano Ignácio da Silva, o objetivo é descobrir os responsáveis pela continuidade do jogo em Mato Grosso.

Para o delegado, há uma tolerância que é tida até como uma questão cultural com relação ao jogo do bicho, em todo o país. No entanto, frisou que o perigo não está propriamente na contravenção do jogo, mas nas sérias questões que estão por trás do processo. Relatou como exemplo os homicídios e a lavagem de dinheiro que vinham ocorrendo nos últimos anos em Mato Grosso em decorrência da contravenção.

Disse ainda que o fim do jogo do bicho vai além do trabalho da Polícia, mas envolve, principalmente uma decisão política. Luciano relatou que as investigações em torno da contravenção devem continuar, apesar das dificuldades que o GCCO tem em descobrir os responsáveis.

Os contraventores presos relataram à Polícia que não sabem quem está por trás da atividade. No entanto, a cambista disse que sabia somente o apelido pelo qual é conhecido, o rapaz que leva os malotes das apostas.

Há duas semanas, a motociclista Maria Aparecida Xavier, de 37 anos, foi presa em flagrante quando recolhia apostas do jogo do bicho na região do Coxipó. Ela confirmou à polícia que a contravenção continua sendo praticada na capital, apesar do bicheiro João Arcanjo Ribeiro estar preso há quase dois anos no Uruguai.

Maria Aparecida foi detida quando policiais faziam uma blitz pela avenida Archimedes Pereira Lima (estrada do Moinho). Ela levava de carona o filho de apenas 12 anos.

Ao ser abordada, os PMs revistaram a bolsa dela onde encontraram várias bolsas menores com apostas do jogo do bicho. Nos formulários, estava impresso a marca da Colibri, nome de um grupo de empresas do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, No mês passado uma equipe de reportagem do jornal Folha do Estado flagrou num bar do bairro Verdão um grupo que fazia o jogo do bicho. De acordo com o diretor Metropolitano da Polícia Civil, Nabor Fortunato Dias, na época, a Polícia Civil iria investigar o caso.




Fonte: Folha do Estado

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