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Economia
Sexta - 26 de Novembro de 2004 às 12:46
Por: Valéria Cristina da Silva

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Cerca de 25 mil consumidores têm o fornecimento de energia elétrica cortado mensalmente, por falta de pagamento, em Mato Grosso. O número significa aproximadamente 3,37% do total de 740 mil clientes da distribuidora Rede Cemat. A inadimplência no Estado, ainda considerada baixa pelo assistente da diretoria de Distribuição da empresa, Marco Antonio Jouan, está dentro da média verificada em todo o Brasil pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que varia de 1% a 8%. O índice de cortes já esteve um pouco mais alto em Mato Grosso, chegando a 30 mil/mês, mas desde o ano de 2000, o número tem se estabilizado. Do total de cortes, uma média de 85% são da classe residencial.

Jouan explica que os cortes poderiam ser em maior quantidade caso a Rede Cemat não evitasse o procedimento. De acordo com ele, a empresa tem adotado uma política de tentar outras saídas, antes do corte propriamente dito, o que tem dado "bons resultados". Segundo a legislação vigente, as distribuidoras podem proceder o corte a partir do 15º dia de atraso no pagamento da conta. No Estado, a Rede Cemat "age de forma cuidadosa", como diz Jouan.

"Não temos interesse de cortar ligações então, na véspera do corte, um funcionário da empresa visita os clientes e avisa que se a conta não for paga, o fornecimento será interrompido no dia seguinte. Com isso, grande parte dos inadimplentes pagam para evitar o transtorno do corte", afirma o assistente da diretoria de Distribuição da Rede Cemat. Mas esse serviço, em que o funcionário passa alertando sobre o corte só é feito nas seis cidades pólo onde a empresa tem superintendências (Cuiabá/Várzea Grande, Tangará da Serra, Rondonópolis, Sinop, Cáceres e Barra do Garças).

Jouan destaca também que a Rede Cemat ainda promove o parcelamento das contas em atraso, o que seria uma outra maneira de se evitar o corte do fornecimento de energia. Mas há também casos em que o consumidor, ao invés de tentar um acordo, parte para o caminho mais fácil, o da autorreligação (ou o popular gato). Mesmo não revelando números dessas ocorrências, Jouan confirma que ela ainda acontecem e quando a Rede Cemat descobre o processo é desfeito e o consumidor está sujeito à multa.




Fonte: A Gazeta

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