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Sexta - 26 de Novembro de 2004 às 11:16

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Com a assistência do Governo do Estado, os índios buscam alternativas econômicas sustentáveis.

O Governo do Estado apóia a determinação da União que suspendeu esta semana a atividade garimpeira na reserva indígena Roosevelt, localizada entre os municípios de Aripuanã, Noroeste de Mato Grosso e Espigão D’Oeste, Nordeste de Rondônia. Palco de conflitos constantes, assédio, suborno, exploração ilegal, desmatamentos, alcoolismo e prostituição, a situação agravou-se com o desfecho trágico da morte de 29 garimpeiros em abril deste ano. Mineração em terras indígenas é ilegal.

Com o aval da União - responsável pela política indígena no País - e o Governo de Mato Grosso, os índios buscam alternativas econômicas sustentáveis. "Toda tentativa para tirar os índios da ilegalidade é bem vista. Temos que oferecer alternativas econômicas e não assistencialismo", salientou o superintendente de Políticas Indígenas do Estado(órgão vinculado à Casa Civil), Idevar José Sardinha.

Entre os dias 10 e 11 de dezembro, representantes do Governo do Estado, Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público e gestores públicos participam em Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá) de um fórum que vai discutir alternativas econômicas para assegurar melhor qualidade de vida aos índios. "Eles (os índios) querem produzir. Precisam apenas de apoio e assistência técnica, respeitando as suas peculiaridades culturais", disse Sardinha.

Nesta sexta-feira (26.11), representantes dos índios cinta-larga e da Funai estiveram reunidos no Palácio Paiaguás com o superintendente de Políticas Indígenas do Estado para propor o acompanhamento de reivindicações da etnia junto aos poderes públicos, entre eles o Ministério Público Federal e a Justiça Federal.

Os índios cobram a implantação de um plano de manejo sustentável de múltiplo uso nas áreas onde vivem aproximadamente 1,3 mil índios (eram cerca de 5 mil em 1968), dispersos em 25 aldeias e oito postos indígenas nas Terras Indígenas (TIs) - Roosevelt, Parque Aripuanã, Aripuanã e Serra Morena - situadas na fronteira de Mato Grosso com Rondônia, onde está localizada a maior mina de diamantes do Brasil, além de muita madeira nobre cobiçada no mercado internacional, como mogno, entre outras espécies.

Os cinta-larga querem a liberação para comercialização de 12 mil cúbicos de madeira que se encontra no interior da reserva, em Juína; repasse de recursos do ICMS ecológico; adoção de medidas judiciais a fim de que os bens apreendidos na reserva seja colocada a disposição da Associação Norte Mato-grossense Cinta Larga para prestar serviço à comunidade.




Fonte: Secom-MT

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