Foco do bicudo no Nortão está controlado mas não erradicado, diz Indea

O foco do bicudo encontrado na fazenda Água Limpa, em Nova Ubiratã (cerca de 70 quilômetros de Sorriso) já está controlado. A garantia vem do supervisor regional do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) de Lucas do Rio Verde, Jefferson Luiz Cambará. “Há mais ou menos duas semanas não encontramos mais nenhum inseto nas armadilhas que foram montadas em toda a área para a captura do bicudo”, assegurou.

Desde que o foco foi constatado, em setembro deste ano, um agrônomo do órgão está monitorando a fazenda e acompanhando de perto os trabalhos de erradicação. A vista que em locais onde não existe a doença é feita a cada 15 dias, na fazenda está sendo feita a cada 3 dias. Tudo para evitar que novos focos apareçam e erradicar de vez com a praga que acaba com as lavouras de algodão.

Embora a situação já esteja controlada, o supervisor alertou que isso não significa o fim do inseto. Ele explicou que o bicudo pode estar hospedado em plantas similares e, por isso não está sendo encontrado. “Por isso vamos continuar com o monitoramento ostensivo por mais pelo menos 30 dias”, calculou.

Cambará não fala em “erradicação”. Para ele, ainda é cedo para qualquer afirmação. “Se dissesse isso seria inconseqüente. Qualquer afirmação agora, além de prematuro, poderia colocar em risco toda uma safra convencional que está prestes a ser cultivada”, frisou. “Estamos com a situação controlada, pois, além do nosso agrônomo estar acompanhando de perto, os próprios proprietários da fazenda também se empenharam em acabar com o foco com limpeza das máquinas expurgos, enfim, tomaram medidas para evitar um novo surgimento do inseto. Mas não posso afirmar agora que está erradicado”, ponderou.

O supervisor disse que nos próximos 15 dias, uma equipe do Ministério da Agricultura Abastecimento e Pecuária (MAPA) vai estar na região para ver de perto os trabalhos que estão sendo desenvolvidos para combater a praga e avaliar a situação. Ele acredita que foco não irá prejudicar a certificação da região em área livre da doença que está preste a ser concedida pelo ministério.